A aceleração instantânea de Ernani

Ernani, apresentada em versão de concerto no Teatro de São Carlos, é uma ópera de corações aos saltos, imprópria para cardíacos. Apesar dos desequilíbrios, a Orquestra e alguns excelentes cantores deram à ópera de Verdi a intensidade necessária e a fatal velocidade.

Foto
A soprano chinesa Hui He no papel de Elvira na ópera de Verdi António Pedro Ferreira/TNSC

Ernani é uma ópera de acelerações. Seria preciso ir estudar física (e cinemática) para escrever sobre a ópera de Giuseppe Verdi, calcular a aceleração média desta ópera e entender as suas surpreendentes acelerações instantâneas. Em versão de concerto, os corpos movem-se pouco, é claro. Mas as almas de Verdi são um vórtice de contradições em movimento. Para sentir isso, a encenação não é necessária.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Ernani é uma ópera de acelerações. Seria preciso ir estudar física (e cinemática) para escrever sobre a ópera de Giuseppe Verdi, calcular a aceleração média desta ópera e entender as suas surpreendentes acelerações instantâneas. Em versão de concerto, os corpos movem-se pouco, é claro. Mas as almas de Verdi são um vórtice de contradições em movimento. Para sentir isso, a encenação não é necessária.