Portugal sobe uma posição para 10º como país mais atractivo para investimento estrangeiro

Segundo um estudo da consultora EY, no ano passado, foram anunciados 154 projectos de IDE no mercado português, dos quais 70% com fundos originários da Europa e 30% do resto do mundo.

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Nelson Garrido

Portugal passou da 11.ª para a 10.ª posição das economias mais atractivas para o investimento directo estrangeiro (IDE), em 2020, em termos de número de projectos, num total de 154, revelou hoje um estudo da EY.

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Portugal passou da 11.ª para a 10.ª posição das economias mais atractivas para o investimento directo estrangeiro (IDE), em 2020, em termos de número de projectos, num total de 154, revelou hoje um estudo da EY.

“Num ano desafiante como 2020, Portugal entrou no “top” 10 dos países mais atractivos para investimento directo estrangeiro (IDE), em termos de número de projectos”, anunciou hoje a empresa de consultoria EY.

Segundo o estudo, no ano passado, foram anunciados 154 projectos de IDE no mercado português, dos quais 70% com fundos originários da Europa e 30% do resto do mundo.

Aqueles projectos foram responsáveis pela criação de, pelo menos, 9.000 postos de trabalho, refere.

No entanto, os 154 projectos representam um decréscimo de 3% em comparação com os 158 contabilizados em 2019, devido às incertezas causadas pela pandemia de covid-19, que fizeram com que a atractividade do IDE nos países europeus tenha caído 13% face ao ano anterior.

Apesar da ligeira retracção do IDE em Portugal, 37% dos inquiridos no estudo planeiam criar ou expandir operações em Portugal nos próximos 12 meses.

Nas primeiras três posições das economias mais atractivas para os investidores estrangeiros ficaram França, Reino Unido e Alemanha.

“Embora as perspectivas económicas ainda sejam influenciadas pela pandemia, Portugal começa a estar de regresso aos negócios e esperamos ver um aumento no número de oportunidades de operações de M&A [sigla inglesa para Fusões e Aquisições] em Portugal”, apontou o responsável pela área de Estratégia e Transacções da EY Portugal, Miguel Farinha.

Nas intenções de investimento estrangeiro em 2020, a Manufactura foi a actividade mais atractiva, com 37 projectos anunciados (24%), embora tenha registado a maior queda quando comparado com 2019 (60 projectos anunciados).

A actividade da Investigação e Desenvolvimento, surge em segundo lugar, tendo atraído 21% do investimento estrangeiro (33 dos projectos anunciados), sobretudo nas áreas do Digital e das Tecnologias de Informação.

“Além de as áreas digitais e tecnológicas já representarem um terço dos projectos de IDE captados no ano passado, Portugal parece estar no caminho certo para atrair futuros investimentos nestas áreas, uma vez que 45% dos investidores consideram que a economia digital será o principal sector a impulsionar o crescimento do país nos próximos anos”, considerou o líder da EY-Parthenon, Miguel Cardoso Pinto.

Lisboa manteve-se como a região mais atractiva para o investimento estrangeiro, com um total de 68 projectos (62 em 2019), sobretudo nas áreas do Digital e dos Serviços Empresariais, seguindo-se a região Norte, com 55 projectos (51 em 2019), sobretudo nos sectores do Digital e de Manufactura e Fornecimento de Equipamentos de Transporte.

O estudo EY Attractiveness Survey Portugal 2021 avalia anualmente a percepção dos investidores estrangeiros relativamente à atractividade do país enquanto destino de IDE.