Onze personagens à procura de escapar ao autor

A Circularidade do Quadrado, do grego Dimitris Dimitriádis, tranca as personagens em ciclos de repetição das mesmas cenas, sem fuga possível. A encenação de Jorge Silva Melo estreia-se esta quinta-feira, no Centro Cultural de Belém, seguindo depois para o Teatro da Politécnica, também em Lisboa.

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Jorge Gonçalves

Arthur Schnitzler escreveu no final do século XIX La Ronde, uma peça que demoraria mais de 20 anos a estrear-se. Ao longo de dez cenas, o dramaturgo austríaco esboçava dez encontros entre personagens prestes a iniciar ou acabadas de findar um encontro sexual. Cada cena a dois repetia uma das personagens da cena anterior, criando uma linha de circulação do desejo — ou da “circulação da sífilis em Viena, em 1890”, aponta Jorge Silva Melo como possível faúlha para o texto de Schnitzler. Terá sido nessa peça que o grego Dimítris Dimitriádis se inspirou para a escrita de A Circularidade do Quadrado (La Ronde du Carré, na versão francesa), texto que Silva Melo agora leva à cena no Centro Cultural de Belém (17 a 20 de Junho) e no Teatro da Politécnica (23 de Junho a 17 de Julho), em Lisboa.

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Arthur Schnitzler escreveu no final do século XIX La Ronde, uma peça que demoraria mais de 20 anos a estrear-se. Ao longo de dez cenas, o dramaturgo austríaco esboçava dez encontros entre personagens prestes a iniciar ou acabadas de findar um encontro sexual. Cada cena a dois repetia uma das personagens da cena anterior, criando uma linha de circulação do desejo — ou da “circulação da sífilis em Viena, em 1890”, aponta Jorge Silva Melo como possível faúlha para o texto de Schnitzler. Terá sido nessa peça que o grego Dimítris Dimitriádis se inspirou para a escrita de A Circularidade do Quadrado (La Ronde du Carré, na versão francesa), texto que Silva Melo agora leva à cena no Centro Cultural de Belém (17 a 20 de Junho) e no Teatro da Politécnica (23 de Junho a 17 de Julho), em Lisboa.