Um quinto dos utilizadores do TikTok passa lá cinco horas do seu dia

Estudo levado a cabo por agência de marketing de influência revela que um em cada cinco utilizadores do TikTok passa cinco horas diárias na rede social. A investigação contou com mais de 1800 pessoas de vários locais do mundo, incluindo Portugal.

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LUSA/HAYOUNG JEON

Um quinto dos utilizadores do TikTok passa cinco horas por dia ligado a esta rede social que, em 2020, os cativou durante mais de 21 horas por mês, contra 17 horas do Facebook, segundo um estudo divulgado esta terça-feira.

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Um quinto dos utilizadores do TikTok passa cinco horas por dia ligado a esta rede social que, em 2020, os cativou durante mais de 21 horas por mês, contra 17 horas do Facebook, segundo um estudo divulgado esta terça-feira.

Promovido durante o passado mês de Março pela agência de marketing SocialPubli junto de mais de 1800 utilizadores da plataforma, entre influenciadores e anunciantes, o estudo revela que “foi com a pandemia e a procura por novas ferramentas de comunicação e interacção digital que a utilização do TikTok aumentou, com 86,5% dos inquiridos a afirmar uma utilização mais recorrente da plataforma desde o início da quarentena”. Cerca de 20% dos inquiridos admitiram passar cinco horas por dia ligados ao TikTok, enquanto 73% referiram dedicar-lhe uma a cinco horas diárias e apenas 34,9% afirmaram publicar conteúdo uma vez por semana.

No que respeita aos temas preferidos dos utilizadores, o estudo da SocialPubli, uma agência de marketing de influência que conecta marcas com influenciadores, destaca a comédia e os vídeos de dança, seguidos de tutoriais e challenges (desafios, em português). “Por outro lado, a moda e a beleza surgem como os temas promissores a curto prazo, com mais de 80% dos inquiridos a confirmá-lo”, aponta o estudo, desenvolvido junto de utilizadores da América Latina, Estados Unidos, União Europeia (incluindo Portugal), Reino Unido e Canadá.

Numa amostra maioritariamente feminina (66,2%) e sobretudo representativa (54,8%) da Geração Z (nascida entre a segunda metade dos anos 1990 até o início de 2010), a SocialPubli pretendeu com o estudo “melhor entender o fenómeno do TikTok e de que forma as pessoas e as marcas estão a interagir nesta rede social”, apontada por 75,6% dos influenciadores como “a futura plataforma líder”.

E a verdade é que, concluiu, “apesar de ser uma plataforma que regista um crescente aumento de utilizadores e de novos formatos de conteúdo, ainda é um diamante em bruto no que respeita às marcas": 38,5% de influenciadores admitem nunca ter recomendado marcas, produtos e serviços à sua comunidade e apenas 6% confirmam já ter criado conteúdo patrocinado.

“Contrastando [com] essa realidade”, a agência diz estarem os 67,9% de utilizadores que afirmam já ter adquirido algum produto após verem uma publicação onde o mesmo aparece, “ainda que a presença de perfis de marcas seja escassa” no TikTok, com 50,7% de utilizadores a confirmar seguir menos de cinco insígnias naquela plataforma.

Apesar de 81,1% dos anunciantes não ter realizado uma única campanha na rede social, admitem acreditar na eficácia das campanhas de marketing de influência na plataforma, com cerca de 53% dos anunciantes a planear aumentar o orçamento nesta área. A justificá-lo está a “taxa de interacção bastante positiva”, com 87,1% dos influenciadores a admitirem haver um maior engagement rate (índice de interacção com o conteúdo) nesta plataforma comparativamente a outras.

Citado no comunicado, o responsável em Portugal da SocialPubli explica que “os tiktokers são a nova geração de influenciadores que nasceram fruto desta rede social”, pelo que, para a agência, “era muito importante conhecer os seus comportamentos, já que vão marcar as tendências de consumo nos próximos anos”.

No que respeita aos anunciantes, Bruno Salomão sublinha que o estudo aponta o Tiktok como “uma grande oportunidade para as marcas que querem começar a comunicar produtos ou serviços. Mais de metade das pessoas admite comprar um produto após vê-lo na plataforma e isto confirma a eficácia do marketing de influência”, nota.