Cristiano Ronaldo: “O recorde mais bonito era ganhar o Euro duas vezes”
O capitão da selecção nacional fez nesta segunda-feira a antevisão da partida de estreia de Portugal no Euro 2020.
Não tem sido hábito nas últimas grandes competições internacionais, mas Cristiano Ronaldo foi o jogador português que a antevisão da estreia de Portugal no Euro 2020. Em Budapeste, em conversa com os jornalistas por via remota – exigências da UEFA -, o capitão da selecção nacional diz considera “perfeito” ter o estádio cheio e que, embora vá jogar o quinto Campeonato da Europa, um novo máximo, “o recorde mais bonito era ganhar o Europeu duas vezes”.
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Não tem sido hábito nas últimas grandes competições internacionais, mas Cristiano Ronaldo foi o jogador português que a antevisão da estreia de Portugal no Euro 2020. Em Budapeste, em conversa com os jornalistas por via remota – exigências da UEFA -, o capitão da selecção nacional diz considera “perfeito” ter o estádio cheio e que, embora vá jogar o quinto Campeonato da Europa, um novo máximo, “o recorde mais bonito era ganhar o Europeu duas vezes”.
Com um discurso fluido, mas pouco efusivo, Cristiano Ronaldo, que durante a conferência de imprensa confidenciou que “falar assim, sem ninguém, é estranho”, começou por responder às perguntas feitas pelos jornalistas dizendo que não está preocupado com a posição que vai ocupar.
“Sinto-me confortável a jogar na frente, seja na direita, no centro ou na esquerda”, disse o “7” de Portugal, que acrescentou que “qualquer posição está bem, o que importa é ganhar”.
Com quatro Campeonatos da Europa no currículo (2004, 2008, 2012 e 2016), Ronaldo, se jogar nesta terça-feira contra a Hungria no Puskas Arena, vai tornar-se no primeiro jogador a jogar cinco Europeus consecutivos. Para o madeirense, este “não é um recorde que” o deixe “efusivo”. “É um bom recorde, mas o mais bonito era ganhar o Europeu duas vezes. A equipa tem estado bem, está preparada. Desejo que entre com o pé direito, que é muito importante neste tipo de competições.”
Inevitável, foi falar da pandemia, que ficará ligada à história deste Euro 2020, mas Cristiano Ronaldo, apesar de lamentar a ausência de João Cancelo, referiu que este é um “assunto que cansa toda a gente” e que os jogadores portugueses têm “que saber viver com isso, que é uma situação má, mas a equipa está concentrada. Para muitos, será o primeiro Europeu. Seguimos todas as indicações. Estamos focados nos jogos. Tudo o que vem de fora, não abala esta selecção”.
Pouco preocupado com o seu futuro fora da selecção nacional – “Isso nem me faz cócegas. Se eu tivesse 18 ou 19 anos, acho que não dormia a pensar no meu futuro” -, Ronaldo foi convidado a comparar as diferenças entre os Europeus de 2016 e 2021.
Sobre a selecção, disse que esta “não é obviamente a mesma equipa que em 2016”: “É mais jovem, com um potencial enorme. Só a competição dirá se somos melhores ou piores.” “A nível pessoal”, o avançado português admitiu que não é “o mesmo jogador que era com 18 anos, há 10 ou há cinco”, mas salientou que a “inteligência de um jogador de futebol é adaptar-se ao jogo”.
“Os números falam por si: tenho-me adaptado dos 18 aos 36 anos. Trabalho sempre para conseguir coisas a nível pessoal e colectivo. Acho que as épocas têm sido bastante positivas. Acho que me adaptei muito bem a todas as épocas que já joguei. A palavra tem sido adaptação.”
A concluir, Cristiano Ronaldo considera que Portugal jogar no Puskas Arena, o único estádio onde será permitido 100% da lotação, “é perfeito”. “É importante ter os adeptos. Todos os estádios deviam estar lotados - é bonito para o futebol. Oxalá os estádios estivessem sempre cheios.”