Madeira quer entrar “no panorama mundial das águas abertas”
Pelo segundo ano consecutivo, a ilha portuguesa vai ser palco do Madeira Island Ultra-Swim, evento que contará com cinco provas a 11 e 12 de Setembro.
São ainda as primeiras braçadas, mas a Madeira continua a procurar afirmar-se “no panorama das águas abertas a nível mundial” e, pelo segundo ano consecutivo, vai ser palco do Madeira Island Ultra-Swim (MIUS), evento que contará com cinco provas – a principal será a de 30 quilómetros - entre 11 e 12 de Setembro.
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São ainda as primeiras braçadas, mas a Madeira continua a procurar afirmar-se “no panorama das águas abertas a nível mundial” e, pelo segundo ano consecutivo, vai ser palco do Madeira Island Ultra-Swim (MIUS), evento que contará com cinco provas – a principal será a de 30 quilómetros - entre 11 e 12 de Setembro.
Miguel Arrobas, que em 1992 participou nos Jogos Olímpicos de Barcelona, é o embaixador da competição e sublinha que a Madeira tem “todas as condições para receber grandes maratonas e provas de nível mundial” da modalidade.
Há um ano, na edição inaugural, o MIUS contou com a participação de 255 atletas, distribuídos pelas cinco provas. Este ano, a expectativa é que o número de atletas cresça – as inscrições terminam a 11 de Agosto.
Ao contrário do que aconteceu em 2020, quando o evento foi realizado em apenas um dia, o MIUS 2021 será distribuído por dois dias, permitindo que os atletas participem em duas distâncias: no dia 11, serão realizadas as provas de 30 quilómetros, cinco quilómetros e um quilómetro; no dia 12, os percursos terão a extensão de dez quilómetros e 3.5 quilómetros.
A “prova rainha” do MIUS 2021 será, no entanto, a ligação entre a praia da Calheta, perto do extremo Oeste da Madeira, e o Funchal. O percurso non-stop terá o primeiro posto de abastecimento no cais da Madalena do Mar, passando depois os nadadores pela Ponta do Sol, Ribeira Brava, Fajã dos Padres, Câmara de Lobos e Ponta Gorda.
Já com o vale do Funchal como plano de fundo, os nadadores vão passar pelo Complexo Balnear da Barreirinha, estando a meta instalada a um do cais do Funchal.
Com um currículo nas águas abertas de respeito, Miguel Arrobas, que em 2008 conseguiu o melhor tempo a nível mundial na travessia do canal da Mancha, explica em conversa com o PÚBLICO, as principais diferenças entre nadar em piscinas e águas abertas.
“Nadar nas águas abertas – mar, barragem, rio -, tem correntes, ventos, ondulação. Tudo isso pede uma adaptação diferente. Nadar na piscina é contar azulejos: andamos de trás para a frente. No mar, muitas vezes nem sabemos o que está por baixo. Muita gente não quer nadar em águas abertas por medo, por não saber o que está por baixo.”
O atleta olímpico recorda que foi na Madeira que teve uma das “grandes alegrias” – “Eu e outros dois, fomos os primeiros do mundo a fazer a travessia da Madeira para as Desertas” -, e refere que o arquipélago “tem um enorme potencial e todas as condições para receber grandes maratonas e provas de nível mundial”.
Ouça a entrevista completa com Miguel Arrobas aqui