Exportações e importações de bens disparam em Abril

Valores das trocas comerciais comparam com o pior mês da pandemia durante o ano passado. Exportações superaram o nível de Abril de 2019.

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Pandemia teve impactos profundos no comércio internacional Reuters/AMIR COHEN

As exportações de bens e as importações aumentaram em Abril 82,4% e 60,4% em termos homólogos, respectivamente (após subidas de 28,7% e 13% em Março), com as exportações a alcançarem o nível de 2019, divulgou esta quarta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).

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As exportações de bens e as importações aumentaram em Abril 82,4% e 60,4% em termos homólogos, respectivamente (após subidas de 28,7% e 13% em Março), com as exportações a alcançarem o nível de 2019, divulgou esta quarta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).

De acordo com as estatísticas do comércio internacional divulgadas pelo INE, estas variações homólogas em Abril incidem sobre o mês de 2020 em que o impacto da pandemia covid-19 se fez sentir de forma mais intensa, correspondendo ao mês com os menores valores absolutos e com os maiores decréscimos homólogos de todo o período pandémico.

Face a Abril de 2019, verificou-se uma subida de 7% no caso das exportações e uma queda de 2,6% no caso das importações, “sendo de mencionar que as importações nesse mês de 2019 foram particularmente elevadas em consequência da aquisição ao exterior de material de transporte”, sinaliza o INE.

De acordo com os dados do comércio internacional do INE, em Abril deste ano o défice da balança comercial atingiu 1255 milhões de euros, acima dos 1185 milhões do mesmo mês de 2020 e abaixo dos 1780 milhões de Abril de 2019.

O INE inclui também alguns dados do ano completo de 2020, dando nota de uma queda de 10,2% nas exportações, que atingiram 53.786 milhões de euros, tendo as importações descido 15,1%, para 67.909 milhões.

Espanha, o principal mercado das exportações portuguesas, apresentou uma redução de 7,8% (-1151 milhões de euros), “principalmente no vestuário, relativamente a 2019, aumentando porém o seu peso em 0,7 p.p. [pontos percentuais] para 25,4%”, refere a análise do INE.

No caso de França, segundo maior cliente de Portugal, também houve ganho de quota de mercado, mas o mesmo não aconteceu com a Alemanha (terceiro maior cliente). Já o Reino Unido, no primeiro ano após o “Brexit”, “foi o principal destino fora da UE (4.º na globalidade dos países), com um peso de 5,7% (-0,4 p.p. que em 2019)”.