“Hortofrutifique” o seu estilo de vida

Incluir as frutas e hortícolas nas refeições permite reduzir as porções de outros alimentos, em particular os de origem animal, que são atualmente consumidos em excesso, com efeito negativo na saúde e na sustentabilidade.

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Karolina Kolodziejczak/Unsplash

2021 foi declarado pela FAO o Ano Internacional das Frutas e Hortícolas. Apesar de, desde 2019, praticamente só se falar da pandemia, importa chamar a atenção para outros temas que afetam a nossa saúde e a do planeta.

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2021 foi declarado pela FAO o Ano Internacional das Frutas e Hortícolas. Apesar de, desde 2019, praticamente só se falar da pandemia, importa chamar a atenção para outros temas que afetam a nossa saúde e a do planeta.

É consensual entre a comunidade científica que as frutas e hortícolas têm um impacto muito significativo na saúde, contribuindo não apenas para a melhoria do estado de saúde, como para a prevenção de diversas doenças crónicas como a obesidade, doença cardiovascular, alguns tipos de cancro, diabetes entre outras. Apesar de esta evidência ser do conhecimento do público em geral, as práticas alimentares continuam a não refletir a importância que estes alimentos têm. O Inquérito Alimentar e Nutricional e da Atividade Física (15/16) indica uma elevada percentagem de inadequação no consumo de frutas e hortícolas na população portuguesa em geral (75%), sendo ainda maior em crianças e adolescentes (87% e 91%, respetivamente).

Esta declaração por parte da FAO, para além das questões relacionadas com a saúde, apresenta-se como uma oportunidade de sensibilizar ainda para a importância que estes alimentos têm na segurança alimentar. Na prática, ambos os aspetos têm impacto positivo nos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, apontados pelas Nações Unidas.

A produção de uma porção de hortícolas (aproximadamente 180g) implica menor emissão de gases com efeito de estufa e menos área agrícola necessária em relação a uma porção (aproximadamente 30g) de carne de vermelha, o que se traduz num menor impacto ambiental.

Incluir as frutas e hortícolas nas refeições permite reduzir as porções de outros alimentos, em particular os de origem animal, que são atualmente consumidos em excesso, com efeito negativo na saúde e na sustentabilidade.

As frutas e hortícolas, embora frequentemente desvalorizados em frequência e quantidade no prato, são alimentos de elevada densidade nutricional, ou seja, são muito ricos em nutrientes, contribuindo muito pouco para o aporte energético.

Paralelamente, a situação pandémica, provocou uma diminuição do poder económico das famílias, aumentando o risco de insegurança alimentar, pelo que face a esta realidade, estes alimentos se apresentam como uma fonte alternativa de nutrientes de baixo custo.

Acresce que, a chegada dos dias mais quentes e longos, apresenta-se como uma oportunidade para a inclusão facilitada dos frutos e hortícolas no dia-a-dia, quer como snacks nas refeições intermédias ou como elemento maioritário ao almoço e ao jantar.

Em baixo deixamos algumas sugestões de utilização destes alimentos. Prefira os produtos da época e locais de forma a potenciar o sabor, o valor nutricional e reduzir o preço e a pegada ecológica, mas lembre-se que o limite é a imaginação!


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