João Almeida e Nélson Oliveira vão aos Jogos Olímpicos

Maria Martins, na pista, e Raquel Queirós, no BTT, também vão a Tóquio pela selecção nacional portuguesa.

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Reuters/JENNIFER LORENZINI

João Almeida e Nélson Oliveira vão disputar as provas de ciclismo de estrada dos Jogos Olímpicos Tóquio 2020, segundo anunciou nesta terça-feira a Federação Portuguesa de Ciclismo (FPC), confirmando também Maria Martins em omnium, na vertente de pista, e Raquel Queiroz em cross country olímpico (XCO), no BTT.

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João Almeida e Nélson Oliveira vão disputar as provas de ciclismo de estrada dos Jogos Olímpicos Tóquio 2020, segundo anunciou nesta terça-feira a Federação Portuguesa de Ciclismo (FPC), confirmando também Maria Martins em omnium, na vertente de pista, e Raquel Queiroz em cross country olímpico (XCO), no BTT.

Nélson Oliveira, da Movistar, vai tornar-se, aos 32 anos, o primeiro corredor português a estar em três edições de Jogos Olímpicos, depois de ter disputado as provas de fundo e de contra-relógio em Londres2012 e no Rio2016, tendo como melhor resultado o sétimo lugar no exercício individual no Brasil.

João Almeida, de 22 anos, da Deceuninck, vai estrear-se em Jogos, depois de ter sido sexto na edição de 2021 da Volta a Itália, que já tinha concluído no quarto posto, no ano passado.

João Almeida e Nélson Oliveira vão alinhar nas duas provas de ciclismo de estrada, a de fundo, no primeiro dia dos Jogos Tóquio2020, a 24 de Julho, e a de contra-relógio, no dia 28.

“Vamos trabalhar para conseguir estar na discussão do contra-relógio e da prova de fundo. Os percursos adequam-se aos nossos corredores, mas falta saber que adversários teremos e em que condições se apresentarão. Ambicionamos, pelo menos, o Diploma Olímpico, sabendo que no contra-relógio esse é um objectivo realista para o Nélson e para o João, dado que o percurso é muito exigente, favorecendo os portugueses em relação aos contra-relogistas com características de roladores”, afirmou o seleccionador de ciclismo de estrada, José Poeira, citado pela FPC.

Maria Martins e Raquel Queirós, ambas de 21 anos, também vão iniciar-se em competições olímpicas, na primeira presença lusa em ciclismo de pista, na competição de omnium, e na estreia feminina em BTT, na prova de XCO.

A competição de Raquel Queirós está marcada para 27 de Julho, enquanto a prova de pista deverá encerrar a participação portuguesa em Tóquio2020, no último dia de competições, a 8 de Agosto.

O seleccionador português de ciclismo de pista apontou como objectivo uma classificação “nos primeiros dois terços da tabela” para “Tata” Martins, que conquistou as primeiras medalhas portuguesas em Europeus e Mundiais da especialidade, com os bronzes arrecadados em scratch na competição continental de 2019 e na mundial de 2020.

“Vai ser a competição com maior qualidade em que alguma vez participámos, pois vão estar em pista as 21 melhores do mundo. Estamos a fazer uma preparação detalhada, sabendo que o processo de trabalho é o essencial para podermos ter a expectativa de uma boa participação. Olhando à qualidade das adversárias, considero que uma classificação nos primeiros dois terços da tabela é um bom resultado”, frisou Gabriel Mendes, seleccionador nacional de pista.

Já o seleccionador de BTT, Pedro Vigário, disse esperar que a presença de Raquel Queirós seja “um estímulo” para os participantes portugueses. “A Raquel é uma corredora ainda muito jovem. Estamos focados em fazer uma boa preparação para termos uma participação digna. Será um momento histórico, por ser a estreia, mas será também uma parte da caminhada rumo aos Jogos de 2024. Queremos que seja também um estímulo para toda a comunidade do XCO português, exactamente a pensar em Paris2024”, rematou o técnico.