Mais duas cientistas portuguesas eleitas para membros da EMBO
Inês Cardoso Pereira e Karina Xavier juntam-se agora à Organização Europeia de Biologia Molecular. Ao todo, em Portugal já são 24 os cientistas membros da EMBO.
Mais duas cientistas portuguesas foram eleitas membros da EMBO – Organização Europeia de Biologia Molecular, foi anunciado esta terça-feira. Inês Cardoso Pereira é bioquímica e vice-directora do Instituto de Tecnologia Química e Biológica (ITQB) António Xavier da Universidade Nova de Lisboa; e Karina Xavier é investigadora do Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC). Portugal fica agora com 24 membros na EMBO.
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Mais duas cientistas portuguesas foram eleitas membros da EMBO – Organização Europeia de Biologia Molecular, foi anunciado esta terça-feira. Inês Cardoso Pereira é bioquímica e vice-directora do Instituto de Tecnologia Química e Biológica (ITQB) António Xavier da Universidade Nova de Lisboa; e Karina Xavier é investigadora do Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC). Portugal fica agora com 24 membros na EMBO.
Eleitos por pares, os investigadores são escolhidos para membros da EMBO pelo trabalho que têm desenvolvido nas áreas da biologia celular, imunologia ou medicina molecular. Este ano, foram eleitos 64 novos membros.
“A eleição para membro da EMBO reconhece feitos excepcionais na área das ciências da vida”, afirmou em comunicado Maria Leptin, directora da EMBO. “Os novos membros irão dar o seu conhecimento e orientação para ajudar a EMBO a tornar-se mais forte nas suas iniciativas.” A EMBO tem como objectivos apoiar investigadores em todas as fases da sua carreira ou estimular o intercâmbio de informação científica.
Criada em 1963, a EMBO começou por reunir 150 investigadores para promover a excelência nas ciências da vida na Europa e fora dela. Agora, já conta com mais de 1800 cientistas, incluindo quase uma centena de laureados com o Prémio Nobel. Inês Cardoso Pereira e Karina Xavier juntam-se agora a este grupo.
Inês Cardoso Pereira lidera o Laboratório de Metabolismo Energético Bacteriano no ITQB, onde a sua equipa estuda a fisiologia de microorganismos anaeróbios, bem como a aplicação de sistemas biológicos em biocatálise para a produção de hidrogénio verde e captura de dióxido de carbono (CO2). O seu grande foco são os microorganismos ambientais importantes para o ciclo do enxofre e membros da microbiota intestinal.
De acordo com o comunicado, o trabalho da sua equipa levou a uma revisão das vias metabólicas envolvidas na redução dissimilativa de sulfato, um processo de grande impacto ambiental. “A eleição para membro da EMBO é para mim uma grande honra. Esta organização reúne investigadores de topo na área das ciências da vida, e é para mim um enorme orgulho juntar-me a tantos cientistas por quem tenho a maior admiração”, reagiu a cientista à eleição.
Já Karina Xavier iniciou o grupo de investigação no IGC em 2006, que se dedica à sinalização bacteriana. O seu grupo está agora dedicado em entender os factores que influenciam a comunicação das bactérias no contexto da microbiota dos intestinos e a perceber como ajudar a microbiota a recuperar de perturbações provocadas por antibióticos ou dietas desequilibradas. A microbiota é composta por biliões de organismos microscópicos que vivem no nosso corpo.
No comunicado, Karina Xavier diz que “é uma enorme honra ser nomeada para fazer parte desta organização que inclui tantos cientistas de referência em áreas tão relevantes da biologia como a biologia molecular, genética, ecologia e evolução. Representa também uma grande oportunidade, pois vai permitir aumentar a rede de colaboração com cientistas de todo o mundo.”