O futuro do ténis vem de Itália
Jannik Sinner e Lorenzo Musetti apuraram-se para a quarta ronda em Roland Garros. Iga Swiatek continua imperturbável na defesa do título.
Já há quem lhes chame o “mini Big 3”. Não é uma “boy band”, mas sim um pequeno grupo composto por Jannik Sinner, Lorenzo Musetti e Carlos Alcaraz, os três teenagers que integram o top 100 do ranking ATP. Só Sinner e Musetti venceram e fizeram história: é a primeira vez que dois teenagers atingem a quarta ronda de Roland Garros desde 2006 (Novak Djokovic e Gael Monfils) e é a primeira vez que que dois teenagers chegam a esta fase de um Grand Slam desde o US Open de 2017 (Andrey Rublev e Denis Shapovalov). Na quarta ronda, ambos vão ter de defrontar dois elementos do verdadeiro Big 3, Rafael Nadal e Novak Djokovic.
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Já há quem lhes chame o “mini Big 3”. Não é uma “boy band”, mas sim um pequeno grupo composto por Jannik Sinner, Lorenzo Musetti e Carlos Alcaraz, os três teenagers que integram o top 100 do ranking ATP. Só Sinner e Musetti venceram e fizeram história: é a primeira vez que dois teenagers atingem a quarta ronda de Roland Garros desde 2006 (Novak Djokovic e Gael Monfils) e é a primeira vez que que dois teenagers chegam a esta fase de um Grand Slam desde o US Open de 2017 (Andrey Rublev e Denis Shapovalov). Na quarta ronda, ambos vão ter de defrontar dois elementos do verdadeiro Big 3, Rafael Nadal e Novak Djokovic.
“É para isto que tenho trabalhado desde a minha infância. Todo o sacrifício e trabalho duro tornou-se realidade agora. Por isso, vou disfrutar do momento e dar o meu melhor”, disse Musetti, o sexto tenista desde 2000 a ultrapassar três rondas na primeira presença num torneio do Grand Slam e próximo adversário de Djokovic. O italiano de 19 anos e 76.º mundial estreou-se igualmente num encontro de cinco sets, durante o qual disparou 50 winners para vencer o mais experiente compatriota Marco Cecchinato (83.º), por 3-6, 6-4, 6-3, 3-6 e 6-3, em três horas.
Sinner (19.º) venceu Mikael Ymer (22.º), por 6-1, 7-5 e 6-3, preparando-se para novo embate com Nadal, oito meses depois de ter obrigado o espanhol a trabalho árduo nos quartos-de-final de Roland Garros. Já Nadal elevou para 103 o número de encontros ganhos em Roland Garros – um novo máximo em torneios do Grand Slam – ao bater, com um triplo 6-3, o britânico Cameron Norrie (45.º), que chegou a liderar o segundo set, por 3-1. Djokovic (1.º) afastou Ricardas Berankis (93.º), por 6-1, 6-4 e 6-1, e é o primeiro jogador a atingir a quarta ronda de Roland Garros em 12 anos consecutivos, ultrapassando Federer e Nadal, que o fizeram em 11 visitas consecutivas.
Roger Federer (8.º) estreou-se em sessões nocturnas em Roland Garros diante de Dominik Koepfer (59.º), com o italiano Matteo Berrettini (9.º) à espera do vencedor. E pela primeira vez na Era Open (desde 1968) estão três italianos nos oitavos-de-final.
O terceiro elemento do “mini Big 3”, o espanhol Carlos Alcaraz (97.º) viu o seu percurso iniciado no qualifying travado por Jan-Lennard Struff (42.º), que será o próximo adversário de Diego Schwartzman (10.º), semifinalista aqui no ano passado.
Três top 10 no torneio feminino
Na competição feminina, Iga Swiatek (9.ª) continua imune à pressão de defender o título e, depois de recuperar de 2-4 e disputar o primeiro tie-break em 19 sets que já disputara em Paris, eliminou, por 7-6 (7/4), 6-0, a estoniana Anett Kontaveit (31.ª), com quem tinha perdido os dois duelos anteriores.
A polaca de 20 anos, que irá enfrentar Marta Kostyuk (81.ª) nos “oitavos”, ficou ainda mais candidata após a eliminação de Elina Svitolina (6.ª), restando apenas três jogadoras do top 10 quando o torneio ainda vai a meio. A responsável pela derrota da ucraniana foi a checa Barbora Krejcikova (33.ª) que venceu, por 6-3, 6-2.
Krejcikova, campeã de Roland Garros em 2018 em pares femininos, será a adversária de Sloane Stephens (59.ª). A campeã do US Open em 2017 e finalista em Paris no ano seguinte, já reencontrou a alegria de jogar depois de um amargo início de 2021 – perdeu uma tia, uma avó e um avô devido à covid-19 – e dominou, por 6-3, 7-5, a checa Karolina Muchova (19.ª), recente semifinalista no Open da Austrália. “Tirei algum tempo para me recompor, encontrar o que me faz feliz no court e trabalhei para voltar. Os resultados não apareceram logo mas sempre pensei que as coisas iam voltar ao normal”, disse Stephens.
O forte contingente dos EUA estará nos oitavos-de-final reforçado com mais duas representantes. Sofia Kenin (5.ª), finalista em 2020, venceu a também norte-americana Jessica Pegula (29.ª), por 4-6, 6-1 e 6-4, e vai agora defrontar Maria Sakkari (18.ª). A grega ganhou somente mais cinco pontos do que Elise Mertens (15.ª), mas esteve melhor fisicamente na parte final do embate de quase três horas, que terminou com os parciais de 7-5, 6-7 (2/7) e 6-2.
Já Coco Gauff (25.ª) passou somente 19 minutos no court, o tempo suficiente para ganhar o set inicial, por 6-1, antes de a compatriota Jennifer Brady (14.ª) ser forçada a abandonar, devido a uma fascite plantar. A norte-americana de 17 anos marcou lugar na quarta ronda com Ons Jabeur (26.ª), após a tunisina se desembaraçar de Magda Linette (45.ª), por 3-6, 6-0 e 6-1.