Copa América enfrenta contestação dos jogadores
Uruguaio Luis Suárez já se manifestou e Messi pode engrossar o coro depois de a selecção do Brasil ter marcado uma posição pela forma como a Confederação Sul-Americana geriu a mudança do torneio.
Depois das críticas de âmbito político e social em torno da realização da Copa América no Brasil, a Confederação Sul-Americana de futebol poderá enfrentar uma “rebelião” promovida pelos próprios jogadores.
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Depois das críticas de âmbito político e social em torno da realização da Copa América no Brasil, a Confederação Sul-Americana de futebol poderá enfrentar uma “rebelião” promovida pelos próprios jogadores.
Os números de mortes e de casos de covid-19 no Brasil, onde os campeonatos domésticos de futebol prosseguem normalmente, não impediram os responsáveis de avançarem com a realização da prova no país, levando alguns jogadores a assumirem posições públicas, com os próprios futebolistas brasileiros, como foi o caso de Casemiro, capitão do “escrete”, a remeter-se ao silêncio e a falhar a conferência de imprensa de antevisão do jogo com o Equador, de qualificação para o Mundial de 2022.
Tite, seleccionador brasileiro, disse ter sido transmitida de forma clara a posição dos jogadores ao presidente da Confederação Brasileira de Futebol, Rogério Caboclo, ao qual foi solicitada nova reunião.
Mas a insatisfação é generalizada, podendo haver um movimento de jogadores para protestar pela forma como a Confederação Sul-Americana geriu a crise em torno da realização da Copa América, não sendo de excluir um boicote ou a realização da competição sob protesto.
O uruguaio Luis Suárez mostrou já desagrado pela mudança da Copa América para o Brasil, posição que poderá ser reforçada caso se confirme de forma pública o desagrado de Messi.
A Copa América deveria ser organizada por Colômbia e Argentina, que entretanto abdicaram da realização do torneio, falhando compromissos assumidos com patrocinadores, técnicos, massagistas, roupeiros e “voluntários” para trabalhar no Comité local de organização.
Os jogadores foram surpreendidos e não entendem a solução encontrada, já que envolve questões de saúde pública e segurança das próprias famílias e sem um plano relativamente às cidades e estádios em que decorrerão os jogos.