No mês do orgulho LGBT+, um Capitão América LGBT+
E porque Junho é um mês de festa, a Marvel vem juntar-se à festa através da publicação da série Os Estados Unidos do Capitão América, na qual figurará o primeiro Capitão América LGBT+, de seu nome Aaron Fischer.
Junho não é apenas um mês, não é apenas uma data, não é apenas calendário, é orgulho, é calor, paixão e luta, é movimento e é marcha pelos direitos LGBT+. Celebrada anualmente desde 1970, a marcha, a nossa marcha, é um movimento contínuo contra a repressão policial de 28 de Junho de 1969 no Stonewall Inn, um bar de Nova Iorque conhecido como ponto de encontro da comunidade.
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Junho não é apenas um mês, não é apenas uma data, não é apenas calendário, é orgulho, é calor, paixão e luta, é movimento e é marcha pelos direitos LGBT+. Celebrada anualmente desde 1970, a marcha, a nossa marcha, é um movimento contínuo contra a repressão policial de 28 de Junho de 1969 no Stonewall Inn, um bar de Nova Iorque conhecido como ponto de encontro da comunidade.
A rusga policial do Stonewall Inn foi a gota de água que fez transbordar o copo dos movimentos cívicos pelos direitos LGBT+.
Sem mais medo da barbárie e da ignorância, levantámos os braços e dissemos não, não ao medo, não às prisões, aos espancamentos, aos julgamentos indiscriminados, não à exclusão, não à incompreensão, ao ódio, à diferença. A polícia nova-iorquina? Levou 50 anos a pedir desculpa. Mas pediu.
E assim, em vez de repressão, Junho é libertação. E porque finalmente estamos livres, todos os anos marchamos, sem preconceito e contra o preconceito.
E porque Junho é um mês de festa, a Marvel vem juntar-se à festa através da publicação da série Os Estados Unidos do Capitão América, na qual figurará o primeiro Capitão América LGBT+, de seu nome Aaron Fischer.
A publicação, parte dos festejos dos 80 anos da criação do Capitão América, é também a comemoração da inclusão numa viagem em que Steve Rogers e companhia não se limitam a desvendar o roubo do escudo do Capitão América. Não, esta é uma viagem de descoberta, descoberta das comunidades por essa América fora, as suas vivências e lutas e de como em cada uma há um Capitão América pronto a defender os injustiçados e oprimidos.
Aaron Fischer é um desses heróis, um adolescente destemido e o “Capitão América dos caminhos-de-ferro” em defesa dos sem-abrigo, desalojados e fugitivos.
Num universo onde a orientação sexual de cada um a ninguém diz respeito, a coragem e frontalidade de Aaron são os exemplos que queremos ver repetidos até à exaustão, mais, até à normalização das sociedades, dos comportamentos e atitudes. A isto chamamos educação.
Com a criação de Aaron Fischer, a Marvel dá mais um passo na direcção certa num percurso que já conta com largas dezenas de exemplos de personagens LGBT+.
Felizmente, em Os Estados Unidos do Capitão América, as novidades não se ficam por aqui, ou não fosse esta série igualmente responsável pela introdução do primeiro Capitão América ameríndio e da primeira afro-americana Capitã América. Diversidade é a palavra de ordem nesta publicação onde todos podemos ser, verdadeiramente, o próximo Capitão América. Basta ter coragem e a coragem para nos assumirmos. Como sempre fomos: uns heróis.