Inquérito à actuação da PSP nos festejos do Sporting não tem prazo para conclusões
O inquérito à actuação da PSP e à coordenação das forças de segurança com a Câmara de Lisboa e Direcção-Geral de Saúde ainda não é conhecido, nem há prazo para a sua conclusão.
Vinte dias depois dos festejos dos adeptos do Sporting em reacção ao título de campeão nacional de futebol que geraram uma onda de críticas ― incluindo do Presidente da República ― o Governo ainda não tem novidades sobre o inquérito solicitado à Inspecção-Geral da Administração Interna (IGAI) sobre a actuação da PSP e as entidades envolvidas. Questionado pelo PÚBLICO, o Ministério da Administração Interna respondeu que aguarda ainda pela conclusão do inquérito e não adianta prazos para a sua conclusão. Ao PÚBLICO, a IGAI respondeu que “o inquérito exige a análise de muita documentação e a audição de diversos intervenientes, o que exige, seguramente, mais do que os referidos 15 dias”, ressalvando, no entanto, que “a conclusão deste inquérito é considerada prioritária para a IGAI”.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Vinte dias depois dos festejos dos adeptos do Sporting em reacção ao título de campeão nacional de futebol que geraram uma onda de críticas ― incluindo do Presidente da República ― o Governo ainda não tem novidades sobre o inquérito solicitado à Inspecção-Geral da Administração Interna (IGAI) sobre a actuação da PSP e as entidades envolvidas. Questionado pelo PÚBLICO, o Ministério da Administração Interna respondeu que aguarda ainda pela conclusão do inquérito e não adianta prazos para a sua conclusão. Ao PÚBLICO, a IGAI respondeu que “o inquérito exige a análise de muita documentação e a audição de diversos intervenientes, o que exige, seguramente, mais do que os referidos 15 dias”, ressalvando, no entanto, que “a conclusão deste inquérito é considerada prioritária para a IGAI”.
No dia em que anunciou que o Governo tinha pedido um inquérito à IGAI para avaliar a actuação das forças de segurança na organização dos festejos, António Costa disse que não iria “atirar pedras a ninguém”, mas sim “aguardar a informação e o apuramento dos factos”.
Os festejos resultaram detenção de três pessoas e na identificação de outras 30. Foram registados confrontos entre adeptos e polícia, que incluíram o arremesso de objectos perigosos, garrafas de vidro, pedras e artefactos pirotécnicos.
À data, o Presidente da República reconheceu que a noite de festejos “não correu bem em termos de saúde pública”. “Quem deve prevenir não conseguiu prevenir. Quem devia prevenir eram as entidades responsáveis e todos os cidadãos”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa. “Compreendo que as pessoas se emocionem e queiram expandir a sua alegria. Vamos esperar que isto não tenha custos para os lisboetas”, declarou, temendo um eventual aumento de casos de covid-19, que estas duas últimas semanas vieram confirmar na região de Lisboa e Vale do Tejo.
Notícia actualizada: Acrescenta a resposta da IGAI enviada ao PÚBLICO esta terça-feira.