Autocarro anfíbio a circular entre Crestuma e Cais de Gaia arranca “até ao final de Junho”

O meio de transporte novo a circular no rio Douro consiste num autocarro/ barco que fará o rebatimento a outros meios de transporte e será incluído na rede “Andante”. Terá 52 lugares e fará o percurso em cerca de 35 minutos com uma periodicidade de hora a hora.

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O autarca contou que a Administração dos Portos de Douro e Leixões (APDL) assumiu as obras para entrada e saída do anfíbio no rio, cabendo à autarquia as obrigações de serviço público e o relativo aos shuttles. Adriano Miranda

O autocarro anfíbio que vai circular entre Crestuma e o Centro Histórico, em Vila Nova de Gaia, terá uma periodicidade de hora em hora e deverá arrancar “até ao final de Junho”, revelou esta segunda-feira o presidente da Câmara.

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O autocarro anfíbio que vai circular entre Crestuma e o Centro Histórico, em Vila Nova de Gaia, terá uma periodicidade de hora em hora e deverá arrancar “até ao final de Junho”, revelou esta segunda-feira o presidente da Câmara.

Em causa está um meio de transporte novo a circular no rio Douro que consiste num autocarro/ barco que fará o rebatimento a outros meios de transporte e será incluído na rede “Andante”.

O anfíbio de Vila Nova de Gaia terá 52 lugares e fará o percurso em cerca de 35 minutos com uma periodicidade de hora a hora.

Em declarações aos jornalistas à margem da reunião de Câmara, o presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, avançou que o anfíbio começará a circular “até final de Junho”, ou seja no próximo mês.

“Assinámos o contrato de adjudicação do serviço hoje. Para já circulará, a título experimental, por um ano e depois avaliaremos”, disse o autarca. Eduardo Vítor Rodrigues apontou que o serviço será “um misto de transporte público e de vertente turística” que funcionará como “vaivém” com entrada na igreja de Crestuma e saída junto à zona de bares do cais de Gaia.

Posteriormente, para fazer rebatimento a outros transportes públicos, o anfíbio poderá chegar à General Torres ou à Avenida da República, no centro de Gaia, “mas numa fase inicial o rebatimento funcionará através dos shuttles criados pela autarquia”, explicou o presidente da Câmara.

“O trajecto fluvial vai ficar mais rápido do que o actual na [Estrada] Nacional 222 em hora de ponta. Neste momento, para fazer o mesmo percurso [por via rodoviária] são necessários pelo menos 55 minutos. O anfíbio deverá demorar cerca de 35”, disse Eduardo Vítor Rodrigues.

O autarca contou que a Administração dos Portos de Douro e Leixões (APDL) assumiu as obras para entrada e saída do anfíbio no rio, cabendo à autarquia as obrigações de serviço público e o relativo aos shuttles.

A 16 de Março do ano passado, quando também em reunião camarária foi aprovada a abertura de concurso de concessão de transporte público no rio Douro, foi revelado que o financiamento da rede de shuttles rondaria os 96 mil euros.

Na mesma ocasião foi descrito que à concessionária caberia comprar os autocarros anfíbios, estimando-se um investimento de um milhão de euros por cada um.

Nesse dia, Eduardo Vítor Rodrigues admitiu que “no início” este transporte “levante dúvidas às pessoas”, mas mostrou-se confiante na sua aceitação e implementação.

“Estou absolutamente certo de que pelo menos no período de verão terá muita procura. Temos todas as condições para reforçar uma linha de transporte directo entre o interior do concelho e a zona urbana”, referiu.

Esta segunda-feira, Eduardo Vítor Rodrigues também revelou que está a ultimar um protocolo com Ministério da Justiça a propósito das instalações do Tribunal do Comércio, na Avenida da República.

“O assunto fica fechado esta semana. Ou continuam lá e deslocalizam-se temporariamente ou saem de vez porque o espaço precisa de uma intervenção. Se as obras vierem a acontecer, serão feitas com investimento do município e da tutela”, referiu.

O autarca aproveitou ainda para dar a conhecer dados da operação Censos 2021, os quais revelam que Vila Nova de Gaia, no distrito do Porto, ganhou cerca de 3000 habitantes, passando a contar mais de 305 mil pessoas.

A freguesia que cresceu mais foi Mafamude, no centro do concelho, mas em contraciclo registaram perdas de população o conjunto de freguesias composto por Sandim, Olival, Lever e Crestuma (menos cerca de 900 pessoas), Avintes (menos cerca de 650 pessoas) e Serzedo/ Perosinho (menos 450).