Este cemitério mostra que a violência entre humanos tem pelo menos 13.400 anos
As lutas entre grupos distintos de caçadores-recolectores podem ter-se devido à disputa de território ou de alimento. E não poupavam nem mulheres nem crianças. É o que mostram os achados da necrópole pré-histórica de Jebel Sahaba, no norte do Sudão.
A necrópole pré-histórica de Jebel Sahaba, no norte do Sudão, é um caso particular. Ali foram localizados, a partir de 1964, os restos mortais de 61 indivíduos que terão perdido a vida em confrontos violentos há quase 13.500 anos. As marcas deixadas nos seus ossos levaram os especialistas a concluir que teriam morrido na sequência de lesões causadas por armas de arremesso, o que aponta para um conflito entre membros de comunidades diferentes. Os arqueólogos que trabalhavam neste território do Vale do Nilo, entretanto transfigurado pela construção da barragem do Assuão, interpretaram por isso este cemitério como o primeiro grande testemunho de guerra entre grupos de humanos modernos, conclusão que não mereceu consenso na comunidade científica.
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A necrópole pré-histórica de Jebel Sahaba, no norte do Sudão, é um caso particular. Ali foram localizados, a partir de 1964, os restos mortais de 61 indivíduos que terão perdido a vida em confrontos violentos há quase 13.500 anos. As marcas deixadas nos seus ossos levaram os especialistas a concluir que teriam morrido na sequência de lesões causadas por armas de arremesso, o que aponta para um conflito entre membros de comunidades diferentes. Os arqueólogos que trabalhavam neste território do Vale do Nilo, entretanto transfigurado pela construção da barragem do Assuão, interpretaram por isso este cemitério como o primeiro grande testemunho de guerra entre grupos de humanos modernos, conclusão que não mereceu consenso na comunidade científica.