Miguel Oliveira estreia-se no pódio com segundo lugar em Itália
O francês Fabio Quartararo vence a corrida de MotoGP e distancia-se na liderança do Mundial, num dia marcado pela morte do jovem piloto de Moto3 Jason Dupasquier.
O circuito de Mugello tem um lugar especial na carreira desportiva de Miguel Oliveira. Foi aqui que o português venceu a sua primeira corrida ainda na categoria menor de Moto3 há precisamente seis anos. Voltaria a ser primeiro no Grande Prémio (GP) de Itália na classe intermédia de Moto2 a 3 de Junho de 2018. Este domingo, não triunfou, mas alcançou um fantástico segundo lugar, atrás do francês Fabio Quartararo, que reforçou e muito a liderança no Mundial de MotoGP.
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O circuito de Mugello tem um lugar especial na carreira desportiva de Miguel Oliveira. Foi aqui que o português venceu a sua primeira corrida ainda na categoria menor de Moto3 há precisamente seis anos. Voltaria a ser primeiro no Grande Prémio (GP) de Itália na classe intermédia de Moto2 a 3 de Junho de 2018. Este domingo, não triunfou, mas alcançou um fantástico segundo lugar, atrás do francês Fabio Quartararo, que reforçou e muito a liderança no Mundial de MotoGP.
Como uma bala, o piloto de Almada disparou da sétima posição da grelha de partida para o terceiro lugar ainda antes da primeira curva. Desceu para quarto por breves instantes, mas recuperou a posição. A oito voltas do final, atacou o segundo posto que defendeu até à bandeira xadrez, apesar dos ataques do espanhol Joan Mir, actual campeão.
Visivelmente esgotado, Oliveira ainda foi abalado pela notícia de uma penalização, por ter excedido os limites da pista na última volta, o que implicava a descida ao terceiro lugar. Foi nessa posição que subiu ao pódio. Mas, pouco depois, Mir recebia idêntico castigo, confirmando-se o segundo posto para o português.
Apesar de tudo, Miguel Oliveira não festejou como em outras ocasiões, ainda a recuperar da notícia da morte do Jason Dupasquier, o piloto suíço de ascendência portuguesa, que chocou toda a comitiva de MotoGP antes da corrida. Vítima de um grave acidente na qualificação em Moto3, na véspera, o jovem de 19 anos não resistiu aos ferimentos.
“Hoje foi difícil sorrir e desfrutar a fazer o que amo”, admitiu Oliveira nas redes sociais. “A performance foi sem falhas e isso deixa-me feliz comigo mesmo, no entanto deixa também um vazio imenso perder um companheiro piloto”, prosseguiu, partilhando o seu estado de espírito: “Depois de fazer um minuto de silêncio montei-me na moto e terminei a minha missão. Agradeço a Deus por tudo o que me proporciona e me protege. Tudo o resto, hoje, foi secundário.”
Em pista, com a adrenalina da corrida, o português foi implacável. Sem qualquer falha, acreditou sempre num bom resultado e concentrou-se totalmente no objectivo. Primeiro lutou muito com o francês Johann Zarco pela terceira posição, até ultrapassar a Ducati a oito voltas do fim. Depois, aguentou a pressão de Joan Mir, que subira à terceira posição, não permitindo ao espanhol qualquer oportunidade de ultrapassagem.
Quartararo mais líder
Isolado na frente seguia tranquilo Fabio Quartararo, que teve um dia perfeito. Partiu da pole position, ao lado de Francesco Bagnaia, seu principal adversário na luta pela liderança do Mundial, com um ponto a separar ambos na classificação geral antes desta prova. Uma queda do italiano da Ducati levou ao seu abandono e Zarco não teve andamento para impedir que fosse aumentando a distância no comando da corrida.
Nas contas finais, Quartararo aumentou para 24 pontos a vantagem no comando do Mundial, onde Zarco é agora o principal perseguidor. Já Miguel Oliveira saltou para o 10.º lugar, a seis pontos do sul-africano Brad Binder, seu companheiro de equipa.