Liberdade condicional negada a Bill Cosby depois do ex-actor recusar terapia

Após ter completado o período mínimo da sua sentença, o ex-comediante tornou-se elegível para liberdade condicional. No entanto, Cosby não voltará a ser considerado até realizar o programa de terapia de predadores sexuais violentos.

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LUSA/TRACIE VAN AUKEN

O Conselho de Liberdade Condicional da Pensilvânia chumbou o pedido de liberdade condicional do comediante Bill Cosby que se encontra a cumprir uma sentença de dez anos de prisão por agressão sexual agravada, citando a sua recusa em participar num programa de terapia para predadores sexuais violentos.

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O Conselho de Liberdade Condicional da Pensilvânia chumbou o pedido de liberdade condicional do comediante Bill Cosby que se encontra a cumprir uma sentença de dez anos de prisão por agressão sexual agravada, citando a sua recusa em participar num programa de terapia para predadores sexuais violentos.

A porta-voz da comissão de liberdade condicional do Estado, Laura Treaster,​ confirmou a decisão, que foi tomada a 11 de Maio e relatada pela primeira vez na quinta-feira por Nicole Weisensee Egan, autora do livro Chasing Cosby, na sua página do Facebook.

O porta-voz de Cosby, Andrew Wyatt, disse que a recusa do pedido não foi uma surpresa. “Sabíamos que [o pedido de liberdade condicional] ia ser rejeitado. Ele (Bill Cosby) chamou-me e disse-me que se não fizesse o curso, [o pedido] seria negado. Ele manteve a sua inocência desde o início”, informou.

Cosby, agora com 83 anos, teria sido elegível para liberdade condicional em 25 de Setembro, após completar o período mínimo de três anos da sua sentença. O ex-comediante foi condenado a uma sentença de 3 a 10 anos de prisão e designado predador sexual violento em 25 de Setembro de 2018, cinco meses depois de ter sido considerado culpado na violação de Andrea Constand, uma ex-funcionária da Universidade de Temple, em 2004.

O outrora amado comediante, conhecido como “Pai da América, tem cumprido a sua pena no Instituto Correccional do Estado em Phoenix, um subúrbio em Filadélfia. Laura Treaster relatou que a direcção não voltaria a considerar Cosby para liberdade condicional a menos que ele completasse a terapia de predadores sexuais violentos. Além disso, deve também superar uma recomendação contra a liberdade condicional do Departamento Correccional do Estado e manter um registo claro de conduta. Cosby foi ainda aconselhado a desenvolver um “plano de libertação em liberdade condicional”. Segundo a porta-voz, as razões para o parecer negativo do Departamento de Correcções e o registo de conduta prisional de Cosby não são públicos.

De acordo com Andrew Wyatt, Cosby está a dar-se tão bem na prisão quanto é possível. “Ele está esperançoso”, disse sobre o recurso do Supremo Tribunal. “Está fresco como uma alface.”

Cosby teve uma audiência perante o Supremo Tribunal da Pensilvânia, em Dezembro, sobre o seu pedido de recurso. O tribunal ainda não se pronunciou e raramente há qualquer aviso prévio.