Talvez que possamos resumir a coisa desta forma: em 2018, a propósito dos discos de uma veterana (Mariah Carey) e de uma nova voz da black music americana (SiR), tomávamos o pulso ao estado do R&B americano (logo, global) no contexto do vigoríssimo ressurgimento que o género vinha conhecendo na última década. Aí dávamos conta do notório — notável, em alguns (poucos) casos — revivalismo anos 90 que a cena atravessava, no mesmo passo alertando, todavia, para os já visíveis sinais de saturação e enjoo, próprios de (mais) uma sub-indústria da nostalgia (não necessariamente nostálgica) empenhada em explorar um filão de mercado que, até então vazio (morto e enterrado por aqueles que tinham em “piroso” e corny, por vezes com razão de ser, os adjectivos dilectos para a era de Mariah Carey e Babyface, Tony Braxton ou Ginuwine), se via agora a dar frutos, perdão, lucros.
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Talvez que possamos resumir a coisa desta forma: em 2018, a propósito dos discos de uma veterana (Mariah Carey) e de uma nova voz da black music americana (SiR), tomávamos o pulso ao estado do R&B americano (logo, global) no contexto do vigoríssimo ressurgimento que o género vinha conhecendo na última década. Aí dávamos conta do notório — notável, em alguns (poucos) casos — revivalismo anos 90 que a cena atravessava, no mesmo passo alertando, todavia, para os já visíveis sinais de saturação e enjoo, próprios de (mais) uma sub-indústria da nostalgia (não necessariamente nostálgica) empenhada em explorar um filão de mercado que, até então vazio (morto e enterrado por aqueles que tinham em “piroso” e corny, por vezes com razão de ser, os adjectivos dilectos para a era de Mariah Carey e Babyface, Tony Braxton ou Ginuwine), se via agora a dar frutos, perdão, lucros.