Morreu Anna Halprin, a coreógrafa que fez da dança espelho (e transformação) da vida
Fundadora da San Francisco Dancers’ Workshop, trabalhou com Luciano Berio, John Cage, Terry Riley e La Monte Young e teve alunos como Trisha Brown, Meredith Monk, Simone Forti e Yvonne Rainer. Figura de destaque da dança contemporânea, tinha 100 anos.
Não se impunha à natureza que a rodeava, adequava-se e envolvia-se nela, tornava-se parte da paisagem em que fora construída. Anna Halprin, que morreu esta segunda-feira, aos 100 anos, na sua casa em Kentfield, na Califórnia, já dançara nos palcos de Nova Iorque, estudara a técnica de Isadora Duncan, conhecia os meandros, os criadores e as ambições da dança moderna. Mas foi ali, naquela estrutura de madeira elevada que o marido, arquitecto paisagista, desenhara para si, naquele espaço a céu aberto entre um deslumbrante ambiente natural, que se tornou claro aquilo que procurava para si na dança, e que à dança ofereceria: “Uma dança democrática, livre e transformadora, de que fazem parte não só os performers, mas também os públicos presentes”, sintetiza ao PÚBLICO Cristina Grande, programadora de artes performativas do Museu de Serralves.
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Não se impunha à natureza que a rodeava, adequava-se e envolvia-se nela, tornava-se parte da paisagem em que fora construída. Anna Halprin, que morreu esta segunda-feira, aos 100 anos, na sua casa em Kentfield, na Califórnia, já dançara nos palcos de Nova Iorque, estudara a técnica de Isadora Duncan, conhecia os meandros, os criadores e as ambições da dança moderna. Mas foi ali, naquela estrutura de madeira elevada que o marido, arquitecto paisagista, desenhara para si, naquele espaço a céu aberto entre um deslumbrante ambiente natural, que se tornou claro aquilo que procurava para si na dança, e que à dança ofereceria: “Uma dança democrática, livre e transformadora, de que fazem parte não só os performers, mas também os públicos presentes”, sintetiza ao PÚBLICO Cristina Grande, programadora de artes performativas do Museu de Serralves.