“Não há volta a dar”: O final de La Casa de Papel começa a 3 de Setembro e encerra-se em Dezembro
A série, cuja rodagem em Portugal em 2020 mereceu reunião com a ministra da Cultura, chega ao fim após cinco temporadas e divide a despedida em dois “volumes”, que se estreiam a 3 de Setembro e a 3 de Dezembro.
O anúncio foi feito segunda-feira nas redes sociais da Netflix: a quinta e última temporada da série-fenómeno La Casa de Papel vai dividir-se em duas partes e os dez episódios finais da história dos assaltantes de vermelho chegam divididos em cinco primeiros capítulos que se estreiam a 3 de Setembro e, depois, os cinco episódios finais a 3 de Dezembro. São dois volumes, que incluem cenas filmadas em Setembro de 2020 em Lisboa, e que põem fim a um dos maiores fenómenos internacionais da Netflix — um modelo de tal forma invejado que, quando estiveram em Portugal, os seus produtores reuniram-se com a ministra da Cultura e com o secretário de Estado do Cinema, Audiovisual e Media.
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O anúncio foi feito segunda-feira nas redes sociais da Netflix: a quinta e última temporada da série-fenómeno La Casa de Papel vai dividir-se em duas partes e os dez episódios finais da história dos assaltantes de vermelho chegam divididos em cinco primeiros capítulos que se estreiam a 3 de Setembro e, depois, os cinco episódios finais a 3 de Dezembro. São dois volumes, que incluem cenas filmadas em Setembro de 2020 em Lisboa, e que põem fim a um dos maiores fenómenos internacionais da Netflix — um modelo de tal forma invejado que, quando estiveram em Portugal, os seus produtores reuniram-se com a ministra da Cultura e com o secretário de Estado do Cinema, Audiovisual e Media.
Uma versão de In the End, dos Linkin Park, soa em fundo enquanto Tokyo, ou a estrela Úrsula Corberó, profere uma das suas tiradas típicas de narradora da série: “Os momentos mais importantes são aqueles em que percebemos que já não há retorno. Não há volta a dar”. A actriz e a sua personagem são as cicerones da história que desde 2017 faz história no audiovisual com a sua dupla natureza de produto originalmente televisivo (da espanhola Antena 3) que ao tornar-se um consumível em streaming despontou como fenómeno em língua não inglesa para a Netflix.
Com algumas baixas e novos rostos pelo caminho, incluindo a inspectora que se passa para o lado dos assaltantes empáticos e que ganha o nome de código Lisboa, La Casa de Papel continua a ser um dos títulos mais populares da plataforma de streaming e um farol do modelo de criação de conteúdos locais com potencial internacional para a tecnologia do "binge watching". Agora, escreve a Netflix na sinopse do que se avizinha, o grupo de ladrões está fechado no Banco de Espanha há mais de 100 horas e várias pontas estão soltas e sem aparente solução — e eis que entra em cena o Exército espanhol.
“Quando começámos a escrever a Parte 5 em plena pandemia, sentimos que tínhamos de mudar o que se esperaria de uma temporada de dez episódios e usar todas as ferramentas que pudéssemos para criar a sensação de um fim de temporada ou mesmo de fim de série logo no primeiro volume”, explica em comunicado o criador da série Álex Pina. Por isso, inseriram uma narrativa “extremamente agressiva”. A segunda tranche de episódios terá outro tom: “No Volume 2, focamo-nos mais na situação emocional das personagens. É uma viagem através do seu mapa sentimental que nos liga directamente à sua partida”.
Os novos episódios chegarão quando passará um ano sobre a vinda da série à região de Lisboa para filmar algumas cenas. Na altura, a tutela recebeu representantes da produtora de La Casa de Papel, a Vancouver Media, bem como da Netflix — o encontro coincidiu também com as negociações com a Netflix para que o serviço de streaming, pioneiro e líder mundial, crie mais laços de produção local em Portugal. A primeira série portuguesa para a Netflix, Glória, está já filmada (uma parceria com a RTP) e o Instituto do Cinema e do Audiovisual desenvolveu um concurso de escrita de argumento com a plataforma “que atribuiu dez prémios a projectos de ficção e documentário, e do qual pode ainda resultar a avaliação de um ou mais projectos para futura produção pela Netflix”, como contextualizava na altura o Ministério da Cultura.
A imagética da série, que pilha iconografia pré-existente (desde as máscaras de Salvador Dalí a fazer lembrar as de Guy Fawkes desenhadas para V de Vingança de Alan Moore e David Lloyd e usadas pelo movimento Occupy até aos códigos de cor e nomenclatura Tarantiniana), tornou-a num símbolo usado mundo fora em manifestações ou memes. O seu lastro criativo envolve agora também uma versão sul-coreana, que já encontrou o seu elenco e que será realizada por Kim Hong-sun.