Patrick Modiano: uma outra lembrança perdida

Patrick Modiano prossegue a revisitação de um tempo parisiense perdido.

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Modiano continua a recorrer a uma cartografia nostálgica e romântica REUTERS/Charles Platiau

Tinta Simpática é o segundo romance de Patrick Modiano (n. 1945) desde que lhe foi atribuído, em 2014, o Nobel de literatura. E, mais uma vez, Paris enche-se de fantasmas num exercício de busca de um tempo perdido. E outra vez, como em quase toda a sua obra, o autor francês recorre a uma cartografia parisiense precisa, nostálgica e romântica, com pormenores topográficos quase sempre enunciados com uma minúcia obsessiva: são os nomes de ruas, de avenidas, de praças, de cais na margem esquerda, de cafés e de lojas de bairro que já não existem, de pontes, de pequenos hotéis desaparecidos, de estações de metro, que surgem envoltos numa tristeza melancólica evocada pela nostalgia que atravessa toda a narrativa.

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