Lille recupera coroa de campeão uma década depois

PSG também ganhou na última jornada, mas já não conseguiu revalidar o título em França.

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Reuters/STEPHANE MAHE

Com Tiago Djaló e Renato Sanches no “onze” titular, o Lille não deixou margem para dúvidas à concorrência directa e conquistou, na deslocação a Angers, no Stade Raymond Kopa, com uma vitória, por 1-2, o quarto título da história dos “dogues”, o primeiro desde 2010-11. O Paris Saint-Germain (PSG) fez o que lhe competia, vencendo o Brest (0-2), mas o desfecho foi insuficiente para impedir a passagem do testemunho.

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Com Tiago Djaló e Renato Sanches no “onze” titular, o Lille não deixou margem para dúvidas à concorrência directa e conquistou, na deslocação a Angers, no Stade Raymond Kopa, com uma vitória, por 1-2, o quarto título da história dos “dogues”, o primeiro desde 2010-11. O Paris Saint-Germain (PSG) fez o que lhe competia, vencendo o Brest (0-2), mas o desfecho foi insuficiente para impedir a passagem do testemunho.

Depois do nulo na ronda anterior, na recepção ao Saint-Étienne, o Lille chegava ao jogo decisivo do campeonato sem margem para errar e com o patrão de defesa, o português José Fonte, suspenso. Dado importante e que implicava total concentração frente ao Angers, adversário que na primeira volta venceu os “dogues” por 1-2, com dois golos de rajada de Romain Thomas (5 e 10’).

Desta feita, com o Paris Saint-Germain a agigantar-se no espelho retrovisor, em busca do tetra-campeonato e do oitavo título francês nas últimas nove épocas, urgia marcar cedo para enviar uma mensagem forte aos parisienses, que actuavam em casa de um Brest envolvido na fuga ao 18.º lugar, de play-off, que acabaria por sair ao Nantes, batido em casa pelo Montpellier (1-2). 

Renato Sanches incorporou a ideia e aos 10 minutos de jogo criava o tempo e o espaço exactos para o golo do canadiano Jonathan David. Estava dado o pontapé de saída a que o PSG de Danilo Pereira reagiu quase de imediato, conquistando uma grande penalidade que Neymar desperdiçou. Nada que abalasse a confiança dos ainda campeões em título, que acabariam mesmo por marcar na sequência de um canto olímpico de Di María, com um ligeiro e precioso efeito após desvio nas costas de um adversário.

Ainda com possibilidades de chegar ao primeiro lugar e a novo título depois da conquista de Leonardo Jardim, em 2016-17, o Mónaco percebia que seria inútil continuar a aguardar por um cataclismo que retirasse os dois mais sérios candidatos do caminho, tendo de focar-se em vencer o Lens para não perder o lugar da Champions para o Lyon, que já vencia o Nice. Falhou o Mónaco ao empatar (0-0), mas falhou também o Lyon, ao permitir a reviravolta do Nice (2-3), deixando a Champions no principado.

Indiferente aos anseios dos perseguidores, o Lille haveria de rasgar uma avenida para o seu quarto título de campeão francês graças a um penálti instantes antes de recolher aos balneários. Jonathan David “roubou” uma bola à entrada da área e deixou o guarda-redes do Angers sem alternativa. O turco Burak Yilmaz não tremeu e aumentou a vantagem aos 45+1’. A discussão em torno do título parecia praticamente encerrada, mas o Angers ainda chegou ao golo, nos descontos, a meio minuto do apito final que levou Lille ao rubro.