Luciana Fina devolve-nos ao tempo da utopia na televisão

A cineasta e artista visual apresenta nas Carpintarias de São Lázaro, em Lisboa, no âmbito do Temps d’Images, a instalação Andrómeda, remetendo-nos para a primeira idade da televisão, quando parecia apontar para um outro futuro.

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Andrómeda, instalação que Luciana Fina apresenta nas Carpintarias de São Lázaro, Lisboa, até 1 de Agosto e no âmbito do Temps d’Images, deve o seu nome a uma série de ficção científica (O Arco de Andrómeda) que a cineasta e artista visual italiana guardou na sua memória desde a infância. A série de 1972 realizada por Vittorio Cottafavi girava em torno de uma mulher alienígena interpretada por Nicoletta Rizzi, de uma inteligência superior mas incapaz de sentir. “Para nós, que tínhamos 10 anos”, lembra Luciana Fina ao PÚBLICO, aquela “era toda uma ideia de futuro surpreendente.” E foi uma das mais claras imagens que Luciana soube que teria de seleccionar entre as muitas horas recuperadas dos arquivos da RAI, ao propor-se criar uma obra que recuperasse um período (as décadas de 1960 e 1970) em que a televisão pública transportou consigo não apenas uma dimensão de utopia, mas também um sonho de divulgação de conhecimento partilhável por toda a sociedade. Imagens de um tempo em que cinema e televisão se enamoravam, contaminavam-se, pareciam estar mais próximos nos seus propósitos.

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Andrómeda, instalação que Luciana Fina apresenta nas Carpintarias de São Lázaro, Lisboa, até 1 de Agosto e no âmbito do Temps d’Images, deve o seu nome a uma série de ficção científica (O Arco de Andrómeda) que a cineasta e artista visual italiana guardou na sua memória desde a infância. A série de 1972 realizada por Vittorio Cottafavi girava em torno de uma mulher alienígena interpretada por Nicoletta Rizzi, de uma inteligência superior mas incapaz de sentir. “Para nós, que tínhamos 10 anos”, lembra Luciana Fina ao PÚBLICO, aquela “era toda uma ideia de futuro surpreendente.” E foi uma das mais claras imagens que Luciana soube que teria de seleccionar entre as muitas horas recuperadas dos arquivos da RAI, ao propor-se criar uma obra que recuperasse um período (as décadas de 1960 e 1970) em que a televisão pública transportou consigo não apenas uma dimensão de utopia, mas também um sonho de divulgação de conhecimento partilhável por toda a sociedade. Imagens de um tempo em que cinema e televisão se enamoravam, contaminavam-se, pareciam estar mais próximos nos seus propósitos.