Seria uma enorme injustiça comparar o desempenho das escolas públicas e privadas nos rankings dos últimos 20 anos e concluir que a qualidade do ensino público se degradou. Mas seria uma enorme cegueira olhar para estes resultados sem constatar que o ensino sob o comando do Estado não está a dar à sociedade portuguesa um dos ingredientes essenciais da sua missão: a igualdade de oportunidades. O que estes resultados nos mostram ao longo de 20 anos é que a distância entre a qualidade do ensino dos filhos das famílias mais ricas e a do que é ministrado à generalidade das crianças e jovens está a aumentar. Ser aluno de uma escola privada é muito mais garantia de acesso aos cursos universitários mais ambicionados. No país mais desigual da Europa, a escola pública claudica na sua função de garantir o funcionamento do “elevador social”.
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Seria uma enorme injustiça comparar o desempenho das escolas públicas e privadas nos rankings dos últimos 20 anos e concluir que a qualidade do ensino público se degradou. Mas seria uma enorme cegueira olhar para estes resultados sem constatar que o ensino sob o comando do Estado não está a dar à sociedade portuguesa um dos ingredientes essenciais da sua missão: a igualdade de oportunidades. O que estes resultados nos mostram ao longo de 20 anos é que a distância entre a qualidade do ensino dos filhos das famílias mais ricas e a do que é ministrado à generalidade das crianças e jovens está a aumentar. Ser aluno de uma escola privada é muito mais garantia de acesso aos cursos universitários mais ambicionados. No país mais desigual da Europa, a escola pública claudica na sua função de garantir o funcionamento do “elevador social”.