Queriam ser donos das suas pequenas casas, dos seus papéis para a reforma. Donos até das suas memórias, erguer um museu que desse corpo ao que lhes saía das vozes e se aprisionara, feito doença, nos seus corpos de mineiros. A 22 de Maio de 1975, em plena convulsão pós-revolucionária, a população de São Pedro da Cova, em Gondomar, apoiou entusiasticamente a tomada das instalações da empresa que, até 1970, explorara as minas de carvão da localidade. Nos dois anos seguintes a esse “dia mais lindo”, e até ao seu desmantelamento, no início de 1977, o Centro Revolucionário Mineiro foi uma fábrica de sonhos, com um legado que perdura, escrevem Ana Paula Correia, Micaela Santos e Daniel Vieira no livro Quando o Povo Ocupou O Que Era Seu, que, com um ano de atraso, face aos planos iniciais, é apresentado este sábado.
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Queriam ser donos das suas pequenas casas, dos seus papéis para a reforma. Donos até das suas memórias, erguer um museu que desse corpo ao que lhes saía das vozes e se aprisionara, feito doença, nos seus corpos de mineiros. A 22 de Maio de 1975, em plena convulsão pós-revolucionária, a população de São Pedro da Cova, em Gondomar, apoiou entusiasticamente a tomada das instalações da empresa que, até 1970, explorara as minas de carvão da localidade. Nos dois anos seguintes a esse “dia mais lindo”, e até ao seu desmantelamento, no início de 1977, o Centro Revolucionário Mineiro foi uma fábrica de sonhos, com um legado que perdura, escrevem Ana Paula Correia, Micaela Santos e Daniel Vieira no livro Quando o Povo Ocupou O Que Era Seu, que, com um ano de atraso, face aos planos iniciais, é apresentado este sábado.