Líder do Boko Haram gravemente ferido quando tentava suicidar-se

Abubakar Shekau terá tentado o suicídio para evitar a captura por parte do grupo rival Estado Islâmico na África Ocidental.

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Abubakar Shekau tentou suicidar-se para evitar captura Handout .

O líder do grupo terrorista Boko Haram, Abubakar Shekau, ficou gravemente ferido quando tentava suicidar-se para evitar ser capturado por um outro grupo terrorista ligado ao Estado Islâmico na África Ocidental (Iswap), segundo fontes nigerianas citadas pela France-Presse.

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O líder do grupo terrorista Boko Haram, Abubakar Shekau, ficou gravemente ferido quando tentava suicidar-se para evitar ser capturado por um outro grupo terrorista ligado ao Estado Islâmico na África Ocidental (Iswap), segundo fontes nigerianas citadas pela France-Presse.

De acordo com a agência francesa de notícias, AFP, que cita duas fontes ligadas aos serviços de informação nigerianos, Shekau sofreu ferimentos graves depois dos combates com o Iswap, mas correm versões diferentes sobre a origem desses ferimentos.

De acordo com uma fonte da AFP, Shekau ficou ferido com gravidade quando disparou sobre si próprio, apontando para o coração, mas a bala trespassou-lhe o ombro, e foi depois levado pelos seus homens para outro local.

Outra fonte da AFP diz que os ferimentos resultaram depois de uma explosão que o líder do Boko Haram terá provocado quando estava refugiado com vários apoiantes numa casa na floresta de Sambisa, um baluarte deste grupo terrorista que opera principalmente no nordeste da Nigéria.

Os serviços de informação da Nigéria, contactados pela agência francesa, não tinham ainda confirmado os ferimentos.

O nordeste da Nigéria tem sido flagelado por uma insurreição há mais de uma década, que já matou mais de 40 mil pessoas e obrigou dois milhões de habitantes a fugirem das suas casas, tendo alastrado para os vizinhos Níger, Chade e Camarões.

Em 2016, o grupo dividiu-se em dois, com a facção histórica, liderada por Abubakar Shekau, controlando um dos lados da floresta de Sambisa, e do outro o Iswap, reconhecido pela organização estatal islâmica, cujo reduto é as redondezas do Lago Chade.

Ambos os grupos terroristas combatem o exército nigeriano, e também há confrontos entre eles pelo controlo do território. Nos últimos anos, o Iswap cresceu em força, ganhando território e lançando ataques mais sofisticados, escreve a AFP.