A obra e o homem: o caso Tomás Taveira

Como olhar para a obra de Taveira para lá das posições sobre a figura? No seu percurso, pode ler-se a história da arquitectura do Portugal democrático.

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Tomás Taveira é uma personalidade “polémica e maldita”, descreve o arquitecto e historiador Jorge Figueira, “controversa em tempo real”, que construiu uma obra “sem paralelo”: “não há outro a fazer o que ele faz”, assegura Sérgio Azenha PÚBLICO

No romance Le Brutaliste, que Matthieu Garrigou-Lagrage escreveu tendo como fonte de inspiração a personagem pública do arquitecto Tomás Taveira (éditions l’Olivier, 2021), cruza-se a figura expandida com as ambiências da sua arquitectura: “E ele avançava, com um olhar pérfido, nos corredores luminosos de um centro comercial por si construído, com a aura de um cowboy de reputação sulfurosa e rápido no gatilho, como se atravessasse a única rua da cidade, entrevisto pelas cortinas das casas onde se haviam escondido os habitantes aterrorizados”.

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No romance Le Brutaliste, que Matthieu Garrigou-Lagrage escreveu tendo como fonte de inspiração a personagem pública do arquitecto Tomás Taveira (éditions l’Olivier, 2021), cruza-se a figura expandida com as ambiências da sua arquitectura: “E ele avançava, com um olhar pérfido, nos corredores luminosos de um centro comercial por si construído, com a aura de um cowboy de reputação sulfurosa e rápido no gatilho, como se atravessasse a única rua da cidade, entrevisto pelas cortinas das casas onde se haviam escondido os habitantes aterrorizados”.