Primeiro capítulo de Grand Hotel Europa, do escritor holandês Ilja Leonard Pfeijffer
O romance Grand Hotel Europa fala-nos de um amor vivido em Veneza, de uma busca da última pintura de Caravaggio, da identidade europeia, nostalgia e turismo de massas. Esteve durante um ano na lista dos livros de ficção mais vendidos nos Países Baixos, onde já vendeu mais de 300 mil cópias. Chega nesta quinta-feira às livrarias portuguesas numa edição Livros do Brasil.
A primeira pessoa com quem falei ao fim de muito tempo, tirando as poucas palavras secas que troquei com o meu taxista mal-encarado no início e no fim da corrida, foi um rapaz magro e moreno num nostálgico uniforme vermelho de piccolo. Já o tinha visto a alguma distância, sentado nos degraus de mármore da escadaria à entrada, flanqueada por colunas coríntias, debaixo das letras douradas que diziam «Grand Hotel Europa», enquanto o táxi, rangendo no caminho de cascalho por entre os plátanos, se aproximava do fim da longa alameda de acesso.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
A primeira pessoa com quem falei ao fim de muito tempo, tirando as poucas palavras secas que troquei com o meu taxista mal-encarado no início e no fim da corrida, foi um rapaz magro e moreno num nostálgico uniforme vermelho de piccolo. Já o tinha visto a alguma distância, sentado nos degraus de mármore da escadaria à entrada, flanqueada por colunas coríntias, debaixo das letras douradas que diziam «Grand Hotel Europa», enquanto o táxi, rangendo no caminho de cascalho por entre os plátanos, se aproximava do fim da longa alameda de acesso.