SIS teme violência contra interesses judaicos em Portugal

Polícias dão especial atenção à embaixada de Israel, bem como sinagogas e restaurantes israelitas.

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Rui Gaudêncio

Um relatório do Serviço de Informações de Segurança (SIS), enviado às forças de segurança nacionais, alerta para a possibilidade de acontecerem ataques contra interesses judaicos em Portugal, na sequência da instabilidade política causada pela intervenção militar israelita na Faixa de Gazade acordo com o Diário de Notícias, que avança a notícia na sua edição desta quarta-feira.

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Um relatório do Serviço de Informações de Segurança (SIS), enviado às forças de segurança nacionais, alerta para a possibilidade de acontecerem ataques contra interesses judaicos em Portugal, na sequência da instabilidade política causada pela intervenção militar israelita na Faixa de Gazade acordo com o Diário de Notícias, que avança a notícia na sua edição desta quarta-feira.

A análise do SIS coloca os interesses judaicos no nível 3 de ameaça – um grau acima da generalidade do país, que está em situação de risco “moderado”. A classificação atribuída à presença israelita em Portugal corresponde ao nível “significativo”. Ou seja, o SIS alerta para a possibilidade de existir um atentado contra uma pessoa ou instalação, cujo resultado final poderá não ter grande impacte.

Segundo o mesmo jornal, as forças de segurança já tinham aumentado o grau de alerta junto de interesses judaicos nos últimos dias, “de forma discreta”, face à agudização do conflito em Gaza.

A atenção das forças de segurança tem-se focado nas instalações da embaixada de Israel, mas também em sinagogas, associações judaicas e restaurantes israelitas. Esta situação implica que exista uma missão de protecção e segurança a pessoas ou instalações que sejam potenciais alvos para atentados, segundo elementos das forças de segurança contactados pelo Diário de Notícias.

Até agora, os ataques israelitas mataram 215 palestinianos na Faixa de Gaza, incluindo 61 crianças e 36 mulheres, segundo as autoridades de saúde do território, que falam ainda em mais de 1400 feridos. As autoridades israelitas dão conta de 12 mortos em Israel, incluindo duas crianças.

De acordo com a ONU, o conflito já provocou mais de 50 mil deslocados em cerca de dez dias.