Ministra alemã da Família demite-se após acusações de plágio no doutoramento
Franziska Giffey vai manter-se na corrida eleitoral a Berlim como candidata do Partido Social Democrata.
A ministra alemã da Família, Franziska Giffey, e candidata a presidente da câmara de Berlim pelo SPD, demitiu-se esta quarta-feira, justificando a decisão com as alegações de que terá cometido plágio na obtenção do seu doutoramento. O Ministério da Família confirmou a sua demissão, mas não foi anunciado ainda o sucessor.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
A ministra alemã da Família, Franziska Giffey, e candidata a presidente da câmara de Berlim pelo SPD, demitiu-se esta quarta-feira, justificando a decisão com as alegações de que terá cometido plágio na obtenção do seu doutoramento. O Ministério da Família confirmou a sua demissão, mas não foi anunciado ainda o sucessor.
“Os membros do Governo federal, o meu partido e o público têm direito à transparência”, disse. “É por isso que decidi pedir à chanceler [Angela Merkel] para solicitar ao Presidente a dispensa das minhas funções”, afirmou Giffey.
“Nos últimos dias tem surgido uma nova discussão em torno da minha dissertação de 2010”, disse em conferência de imprensa. A agora ex-ministra renunciou ao título de doutora depois das primeiras acusações em 2019 em relação à sua tese sobre a União Europeia em 2010, concluída na Universidade Livre de Berlim.
A universidade deu recentemente por terminado o terceiro inquérito às suspeitas de plágio, mas Franziska Giffey antecipou-se: “Arrependo-me se cometi erros, mas escrevi o meu trabalho da melhor maneira que fui capaz.”
Giffey, que chegou a ser vista como possível candidata à liderança do Partido Social Democrata (SPD), disse que vai dedicar os seus esforços à campanha para as eleições para a câmara de Berlim, marcadas para Setembro.
Segundo o Politico, Giffey afirmou que a sua corrida eleitoral não seria afectada, e espera concorrer pelo SPD. “Os berlinenses podem contar comigo”, assegurou.
Mas a sua demissão é mais um golpe para os sociais-democratas em ano de eleições federais. Sendo um dos principais partidos da Alemanha, o SPD cedeu o segundo lugar nas intenções de voto aos Verdes: está agora no terceiro lugar, segundo as mais recentes sondagens.