“A Europa não se vai deixar chantagear”, diz UE a Marrocos
Perto de nove mil pessoas entraram em Ceuta vindas de território marroquino desde o início da semana, num acto premeditado de Rabat para exercer pressão sobre Madrid e Bruxelas. A maioria já fez o caminho inverso.
Ao transferir o controlo da chegada de migrantes e requerentes de asilo para países do Sul do Mediterrâneo, a União Europeia tornou-se vulnerável a que esses países usem o controlo migratório para exigir contrapartidas e chantagear Bruxelas e os Estados-membros em nome dos seus objectivos. Já se viu isso em várias situações com a Turquia, a ameaçar ou concretizar ameaças de abrir a fronteira, e também já se tinha visto com Marrocos. Nunca com a dimensão do que aconteceu esta semana em Ceuta.