Guiné-Bissau: Marcelo saudado ao longo de oito quilómetros durante duas horas

Multidão recebeu Marcelo Rebelo de Sousa nas ruas de Bissau. Há 31 anos que um Presidente da República português não visitava o país.

Fotogaleria

O Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, chegou na noite de segunda-feira a Bissau, vindo de Cabo Verde, para a sua primeira visita oficial à Guiné-Bissau, onde estará até ao fim do dia de terça-feira, com um programa intenso. Mais de 30 anos depois, um Chefe de Estado de Portugal voltou a visitar aquele país. "É uma eternidade”, comentou Marcelo Rebelo de Sousa.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

O Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, chegou na noite de segunda-feira a Bissau, vindo de Cabo Verde, para a sua primeira visita oficial à Guiné-Bissau, onde estará até ao fim do dia de terça-feira, com um programa intenso. Mais de 30 anos depois, um Chefe de Estado de Portugal voltou a visitar aquele país. "É uma eternidade”, comentou Marcelo Rebelo de Sousa.

O chefe de Estado viajou a partir de Cabo Verde num avião da Força Aérea Portuguesa que chegou ao Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira pelas 20h locais (21h em Lisboa), com mais de uma hora e meia de atraso em relação ao previsto. Depois de deixar o aeroporto, durante duas horas, Marcelo foi saudado por uma multidão ao longo de oito quilómetros.

O Presidente tinha a ministra de Estado, dos Negócios Estrangeiros, Cooperação Internacional e Comunidades da Guiné-Bissau, Suzi Barbosa, à sua espera e os dois caminharam lado a lado até uma sala do aeroporto, rodeados por repórteres de imagem.

Durante o percurso, Suzi Barbosa referiu que “passaram 31 anos sem vir um chefe de Estado” à Guiné-Bissau em visita oficial — o último foi Mário Soares, em 1989 e considerou que “é muito, é demasiado para países tão próximos”. Marcelo completou: "É uma eternidade. É quase o dobro da idade do meu neto mais velho”. Por sua vez, Suzi Barbosa observou: “São os anos que eu estive na Europa, sabe, 30 anos”.

Segundo o chefe de Estado português, no entanto, “não se perdeu o essencial, que é a amizade entre os povos”. No entender de Suzi Barbosa, “até aumentou”, e Marcelo Rebelo de Sousa concordou. “Mas com uma presidência como a sua, é normal. A sua simpatia ajuda bastante”, disse-lhe a ministra guineense. “Vamos ver, vamos ver”, respondeu o Presidente português.

Marcelo Rebelo de Sousa tinha também à sua espera no aeroporto embaixadores de países da União Europeia e da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) em Bissau.

Em Outubro de 2020, o Presidente português recebeu em Lisboa o seu homólogo da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, também em visita oficial.

O programa desta visita oficial concentra-se na terça-feira, com uma série de encontros institucionais, a começar pelo seu homólogo, Umaro Sissoco Embaló, que o receberá no Palácio da Presidência, em Bissau, para um encontro seguido de declarações à imprensa e de um almoço.

Marcelo Rebelo de Sousa irá ainda reunir-se com o presidente do Parlamento, Cipriano Cassamá, e líderes das bancadas parlamentares, e com o primeiro-ministro guineense, Nuno Gomes Nabiam, no Palácio do Governo, em Bissau.

Durante a tarde, irá prestar homenagem aos antigos combatentes portugueses da guerra colonial sepultados no cemitério de Bissau.