1. No conflito Israelo-palestiniano a Turquia de Recep Tayyip Erdoğan e o Irão do Aytolhah Ali Khamenei são os dois mais vocais e indefectíveis apoiantes dos palestinianos. No Ocidente, tudo isto parece tão normal e justo que muitos pensam que terá sido sempre assim. Um bom país muçulmano apoia os seus irmãos muçulmanos onde quer que eles sofram. Pelo menos, é isso que nos é dito na retórica pública e política. Como a causa palestiniana é uma boa causa moral e humanitária a nossa consciência fica tranquila. Todavia, no Médio Oriente, poucas coisas são o que parecem. Se escavarmos na história do conflito temos surpresas substanciais. A imagem edificante das boas causas morais, impermeáveis aos interesses da realpolitik, fica seriamente abalada. O caso Turquia e das suas relações com Israel / Palestina é um dos mais curiosos casos de cinismo político.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
1. No conflito Israelo-palestiniano a Turquia de Recep Tayyip Erdoğan e o Irão do Aytolhah Ali Khamenei são os dois mais vocais e indefectíveis apoiantes dos palestinianos. No Ocidente, tudo isto parece tão normal e justo que muitos pensam que terá sido sempre assim. Um bom país muçulmano apoia os seus irmãos muçulmanos onde quer que eles sofram. Pelo menos, é isso que nos é dito na retórica pública e política. Como a causa palestiniana é uma boa causa moral e humanitária a nossa consciência fica tranquila. Todavia, no Médio Oriente, poucas coisas são o que parecem. Se escavarmos na história do conflito temos surpresas substanciais. A imagem edificante das boas causas morais, impermeáveis aos interesses da realpolitik, fica seriamente abalada. O caso Turquia e das suas relações com Israel / Palestina é um dos mais curiosos casos de cinismo político.