Vacina da Pfizer pode ser guardada no frigorífico até um mês, diz EMA
A Agência Europeia de Medicamentos explica que alteração facilitará o manuseamento da vacina em centros de vacinação em toda a União Europeia.
Um frasco da vacina contra a covid-19 da BioNTech/Pfizer pode ser armazenado num frigorífico normal até um mês, anunciou esta segunda-feira a Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês), esperando que a alteração facilite o processo de vacinação ao nível europeu.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Um frasco da vacina contra a covid-19 da BioNTech/Pfizer pode ser armazenado num frigorífico normal até um mês, anunciou esta segunda-feira a Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês), esperando que a alteração facilite o processo de vacinação ao nível europeu.
Em comunicado, o regulador europeu explica que o seu comité de medicamentos humanos “recomendou uma alteração às condições de armazenamento aprovadas para a Comirnaty, a vacina contra a covid-19 desenvolvida pela BioNTech e Pfizer, que facilitará o manuseamento da vacina em centros de vacinação em toda a União Europeia (UE)”.
Em concreto, “esta alteração alarga de cinco dias para um mês - 31 dias - o período aprovado para armazenamento do frasco não aberto e descongelado entre dois a oito graus Celsius, ou seja, num frigorífico normal após a retirada do congelador”, acrescenta a EMA.
A agência europeia explica que esta decisão surge após uma análise dos “dados adicionais do estudo de conservação apresentados à EMA pelo titular da autorização de introdução no mercado”, adiantando esperar que esta “maior flexibilidade no armazenamento e manuseamento da vacina tenha um impacto significativo no planeamento e logística da administração da vacina nos Estados-membros da UE”.
O regulador europeu conclui estar ainda em “diálogo contínuo com os titulares da autorização de introdução no mercado das vacinas contra a covid-19”, isto é, as farmacêuticas, caso queiram “introduzir melhorias no fabrico para melhorar a distribuição de vacinas na UE”.
Assente na tecnologia do ARN mensageiro, a vacina Comirnaty (nome comercial da vacina Pfizer/BioNTech) é uma das quatro aprovadas na UE, às quais se juntam os fármacos da Moderna, Vaxzevria (novo nome do fármaco da AstraZeneca) e Janssen (grupo Johnson & Johnson).
A ferramenta online do Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC) para rastrear a vacinação da UE e que tem por base as notificações dos Estados-membros, revela que até ao momento uma média de 14,4% da população da UE está totalmente inoculada (com as duas doses da vacina contra a covid-19), enquanto cerca de 36% recebeu a primeira dose.
Em termos absolutos, isto equivale a 183 milhões de doses de vacinas administradas de 217 milhões de doses recebidas, sendo que os dados do ECDC dependem sempre das comunicações dos países.
Além dos constantes atrasos na entrega das vacinas e em doses aquém das contratualizadas por parte da farmacêutica AstraZeneca, a campanha de vacinação da UE tem sido marcada por casos raros de efeitos secundários como coágulos sanguíneos após toma deste fármaco, relação confirmada pelo regulador europeu, como aliás aconteceu com a vacina da Johnson & Johnson.
A vacina da Pfizer/BioNTech tem sido a mais procurada pela Comissão Europeia para superar estes problemas e manter o ritmo de vacinação na UE.