Líder do CDS-PP reitera que Eduardo Cabrita é uma “mancha no nome de Portugal”
Francisco Rodrigues dos Santos voltou a pedir a demissão do ministro da Administração Interna.
O presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, reiterou no sábado à noite que o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, “é uma mancha no nome de Portugal e absolutamente incompetente nas suas funções”.
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O presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, reiterou no sábado à noite que o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, “é uma mancha no nome de Portugal e absolutamente incompetente nas suas funções”.
“Eduardo Cabrita é uma mancha no nome de Portugal, dá mau nome a este Governo e é absolutamente incompetente nas suas funções”, afirmou o líder centrista num jantar do Conselho Nacional da Juventude Popular (JP), em Matosinhos, no distrito do Porto.
Referindo-se aos incidentes ocorridos nos festejos do Sporting como campeão nacional, na terça-feira, em Lisboa, Francisco Rodrigues dos Santos considerou que “a falta de planeamento e de responsabilidade não é, naturalmente, das forças de seguranças, não é dos adeptos, mas sim do MAI [Ministério da Administração Interna] para não variar”, frisou.
Para Francisco Rodrigues dos Santos, o Ministério da Administração Interna (MAI) tem como ministro “alguém que tem um toque de midas invertido, ou seja, onde toca dá disparate, dá asneira, dá mau resultado”.
Enquanto o líder do CDS-PP falava, os jovens participantes no jantar gritavam em alta voz “demissão”.
“Será preciso o Presidente da República fazer um desenho a António Costa para perceber o que vocês estavam a gritar, que este ministro tem de se demitir”, questionou, voltando a exigir a demissão do ministro.
Francisco Rodrigues dos Santos sublinhou que Eduardo Cabrita sabendo que iria haver a comemoração de um clube que não era campeão nacional há 19 anos tinha de “fazer, prever e planear”.
O Sporting sagrou-se na terça-feira campeão português de futebol pela 19.ª vez, 19 anos após a última conquista.
Durante os festejos, milhares de pessoas concentram-se junto ao estádio, quebrando todas as regras do estado de calamidade em que o país se encontra devido à pandemia de covid-19, em que não são permitidas mais de dez pessoas na via pública, nem o consumo de bebidas alcoólicas na rua.
A maioria dos adeptos não cumpriu também as regras de saúde pública ao não respeitar o distanciamento social, nem o uso obrigatório de máscara.
Num comunicado, a direcção nacional da PSP referiu que os festejos dos adeptos do Sporting em alguns locais de Lisboa resultaram em “alterações relevantes da ordem pública” e que foi necessário reforçar o dispositivo policial para “restabelecer a ordem e tranquilidades públicas” e “conter as desordens”, que consistiram “no arremesso, na direção dos polícias, de diversos objetos perigosos, incluindo garrafas de vidro, pedras e artefactos pirotécnicos, que também atingiram outros cidadãos”.
A PSP diz que usou a força pública, incluindo o disparo de balas de borracha, para fazer face aos comportamentos “desordeiros e hostis por parte de alguns adeptos”.
A polícia indicou, igualmente, que deteve três pessoas, identificou outras 30 e apreendeu 63 engenhos pirotécnicos durante os festejos, tendo ainda ficado feridos quatro policias e diversas pessoas, que foram assistidas no local.