Morreu o economista e investigador Pedro Lains

Académico de 62 anos morreu este domingo. “O Pedro Lains era um dos grandes historiadores económicos ibéricos”, destaca politólogo António Costa Pinto.

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Pedro Lains em 2010 DANIEL ROCHA

O economista e investigador Pedro Lains morreu, na tarde deste domingo, vítima de cancro. A morte do académico foi confirmada ao PÚBLICO pelo politólogo António Costa Pinto, que destacou a importância da obra de Pedro Lains e o contributo do académico para a caracterização económica da Península Ibérica. 

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O economista e investigador Pedro Lains morreu, na tarde deste domingo, vítima de cancro. A morte do académico foi confirmada ao PÚBLICO pelo politólogo António Costa Pinto, que destacou a importância da obra de Pedro Lains e o contributo do académico para a caracterização económica da Península Ibérica. 

“O Pedro Lains era um dos grandes historiadores económicos ibéricos, com uma obra marcante internacionalmente. O livro que estava a preparar, e que espero que saia, é uma histórica económica da Península Ibérica publicada com a Cambridge University Press. É uma grande perda académica, não só para Portugal, mas também para a história económica europeia”, afirmou António Costa Pinto.

Pedro Lains era investigador coordenador do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, tendo como área principal de investigação a História Económica dos séculos XIX e XX. De acordo com o currículo do professor, publicado no site da Universidade de Lisboa, a análise do docente incidia especificamente no “estudo do crescimento económico no longo prazo de Portugal e dos países periféricos da Europa”.

O académico licenciou-se em Economia na Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa em 1983. Em 1992, completou o doutoramento em História no Instituto Universitário Europeu de Florença, Itália.

A obra mais recente assinada pelo economista e investigador foi o livro História da Caixa Geral de Depósitos, 1876-2010, que abordou a história de criação do banco estatal, com início nas décadas finais do período monárquico português.