SOS Racismo exige que Lusa assuma “atuação anti-discriminatória e anti-racista”
A nota acrescenta que esta actuação passa “não só pela forma como tratam as notícias relacionadas com as minorias e a diversidade étnico-racial, como admitindo no seu seio trabalhadores desses grupos”.
O SOS Racismo exigiu esta sexta-feira que a Lusa e restante comunicação social “assumam uma actuação anti-discriminatória e anti-racista”, na sequência de uma notícia da agência em que a deputada Romualda Fernandes (PS) foi identificada de modo indevido.
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O SOS Racismo exigiu esta sexta-feira que a Lusa e restante comunicação social “assumam uma actuação anti-discriminatória e anti-racista”, na sequência de uma notícia da agência em que a deputada Romualda Fernandes (PS) foi identificada de modo indevido.
Em comunicado, o SOS Racismo exige “que tanto a agência Lusa como outros órgãos de comunicação, mais do que comprometidos com os seus códigos deontológicos profissionais e com as normas éticas de uma e para uma sociedade digna, assumam uma actuação anti-discriminatória e anti-racista”.
A nota acrescenta que esta actuação passa “não só pela forma como tratam as notícias relacionadas com as minorias e a diversidade étnico-racial, como admitindo no seu seio trabalhadores desses grupos”.
“Apesar do retratamento público da agência e a demissão do seu editor de política, o SOS Racismo espera que as investigações iniciadas para averiguar o sucedido sejam céleres nas suas conclusões e que sejam tomadas medidas consequentes”, explicita.
A Direcção de Informação da Lusa divulgou uma nota aos clientes ao início da madrugada de hoje a lamentar “profundamente” a difusão desta notícia, na quinta-feira, em que a deputada do PS foi identificada “de modo inaceitável, contra todas as regras éticas e profissionais constantes do Código Deontológico dos Jornalistas e do Livro de Estilo da Lusa”.
A nota acrescentava que a Direcção de Informação iria “proceder a uma averiguação sobre o que aconteceu” e apresentava as “desculpas à deputada, ao Partido Socialista” e a “todos os clientes e leitores” da agência.
Esta sexta-feira, a Direcção de Informação informou que aceitou o pedido de demissão do editor de Política e que, “tendo em vista o dano moral e reputacional provocado na imagem da agência, instaurou um processo de averiguações” ao jornalista que redigiu a notícia, para “averiguar as circunstâncias” em que foi elaborada.