ASAE apreende seis toneladas de carne em Loulé e Viseu

Investigação de fraude sobre mercadorias e falsificação de documentos levou ainda à apreensão em Loulé de rótulos, máquinas e documentação diversa no valor de 34 mil euros.

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RG Rui Gaudencio

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) apreendeu cerca de seis toneladas de carne numa acção de investigação de fraude sobre mercadorias e falsificação de documentos dirigida a duas empresas em Loulé e Viseu, foi este sábado anunciado.

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A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) apreendeu cerca de seis toneladas de carne numa acção de investigação de fraude sobre mercadorias e falsificação de documentos dirigida a duas empresas em Loulé e Viseu, foi este sábado anunciado.

Em comunicado, a ASAE refere que, na sequência da operação que visou a empresa de indústria de carnes em Loulé, foram apreendidos 4710 quilos de carne de bovino “por não ter sido possível determinar a sua rastreabilidade”.

De acordo com as autoridades, a empresa em causa usurpava a marca de salubridade atribuída oficialmente a outro operador e teria por prática retirar e eliminar os rótulos originais dos produtos embalados, substituindo por rótulos próprios, alterando as menções de origem e de validade.

Na sequência desta investigação foram também apreendidos mais de 16.500 rótulos com a identificação da marca de salubridade usurpada, uma máquina de vácuo, um computador, dados informáticos e documentação diversa, no valor total de 34 mil euros.

Relativamente à empresa de Viseu, visada no âmbito desta mesma investigação, a ASAE apreendeu 1039 quilos de carne congelada (de bovino, suíno e aves), no valor total de 6173 euros pelos crimes de falsificação de documentos e fraude sobre mercadoria.

Também neste caso, foram encontrados “fortes indícios de que a empresa eliminaria a rotulagem de origem dos produtos, recolocando no mercado a carne com prazo de validade já expirado, em certos casos, com mais de um ano, dando indicação de que teria mais um ano de validade”.

Durante a operação, a ASAE constatou infracções contra-ordenacionais por falta de rastreabilidade, falta de Número de Controlo Veterinário (NCV) para a congelação da carne e por incumprimento das regras sobre encaminhamento de sangue de origem animal para uma unidade de subprodutos, tendo as autoridades constatado que o sangue era colocado directamente no lixo.

No decurso desta acção, conduzida pela Unidade Nacional de Informações e Investigação Criminal (UNIIC) da ASAE, foram executados 17 mandados de busca não domiciliária.