Travessia, um retrato colaborativo da africanidade no Porto

Equipa co-liderada pela fotógrafa Susan Meiselas, da Magnum Photos, inaugura esta sexta-feira uma exposição que pretende dar conta da pouco documentada comunidade africana e afrodescentente da cidade.

Foto
© Cortesia do projeto TRAVESSIA

Paredes-meias com a linha de comboio que liga São Bento a Campanhã, numa escarpa de difícil acesso com vista para a abandonada Ponte D. Maria Pia, vive D. Eugénia, uma das muitas pessoas de origem africana residentes no Porto. A sexagenária passa os dias na companhia do milho, das couves e das favas que cultiva no solo pedregoso onde estão assentes as frágeis estruturas a que todos, ali, chamam casa. O tijolo cru que forma as paredes e as placas de zinco que servem de muro e telhado vibram com violência à passagem de cada composição. Ninguém sabe, ao certo, quando nasceu o Bairro Riobom – sabe-se apenas que pouco mudou com a passagem dos anos.

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Paredes-meias com a linha de comboio que liga São Bento a Campanhã, numa escarpa de difícil acesso com vista para a abandonada Ponte D. Maria Pia, vive D. Eugénia, uma das muitas pessoas de origem africana residentes no Porto. A sexagenária passa os dias na companhia do milho, das couves e das favas que cultiva no solo pedregoso onde estão assentes as frágeis estruturas a que todos, ali, chamam casa. O tijolo cru que forma as paredes e as placas de zinco que servem de muro e telhado vibram com violência à passagem de cada composição. Ninguém sabe, ao certo, quando nasceu o Bairro Riobom – sabe-se apenas que pouco mudou com a passagem dos anos.