“Wordsworth falava do ‘impulso solitário do deleite’, mas para mim a escrita de Menina dificilmente poderá ser chamada de ‘deleite’ — foi assustadora”, diz Edna O’Brien ao Ípsilon pouco depois de ter feito 90 anos e quando o seu último romance, aquele que anuncia talvez como o derradeiro, tem edição em Portugal. É um livro assustador ou assombroso. Pelo tema, pelas viagens a que a escritora mais aclamada da Irlanda, admiradora de James Joyce e de T. S. Eliot, se impôs fazer aos 86 anos. Foi duas vezes até à Nigéria para se inteirar do modo como o Boko Haram, a organização jihadista fundamentalista islâmica, tratava adolescentes, sobretudo raparigas.
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“Wordsworth falava do ‘impulso solitário do deleite’, mas para mim a escrita de Menina dificilmente poderá ser chamada de ‘deleite’ — foi assustadora”, diz Edna O’Brien ao Ípsilon pouco depois de ter feito 90 anos e quando o seu último romance, aquele que anuncia talvez como o derradeiro, tem edição em Portugal. É um livro assustador ou assombroso. Pelo tema, pelas viagens a que a escritora mais aclamada da Irlanda, admiradora de James Joyce e de T. S. Eliot, se impôs fazer aos 86 anos. Foi duas vezes até à Nigéria para se inteirar do modo como o Boko Haram, a organização jihadista fundamentalista islâmica, tratava adolescentes, sobretudo raparigas.