PSD propõe recuperação de aprendizagens “num ano ou dois”

Sociais-democratas acusam ministro da Educação de ter desaparecido da esfera pública.

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David Justino considera que as autarquias são fundamentais na recuperação das aprendizagens Nuno Ferreira Santos

O PSD vai propor um projecto de resolução para calendarizar medidas, a longo prazo, a recuperação das aprendizagens perdidas por causa das aulas à distância. O anúncio foi feito pelo vice-presidente social-democrata David Justino no final de uma conferência sobre o tema, que decorreu no Parlamento.

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O PSD vai propor um projecto de resolução para calendarizar medidas, a longo prazo, a recuperação das aprendizagens perdidas por causa das aulas à distância. O anúncio foi feito pelo vice-presidente social-democrata David Justino no final de uma conferência sobre o tema, que decorreu no Parlamento.

A iniciativa é um “contributo para que se encontrem soluções ágeis” para a recuperação das aprendizagens e que devem ter em conta a autonomia das escolas, segundo David Justino, considerando que nesse plano as “autarquias devem ter um papel fundamental”. As autarquias podem contribuir com a promoção de vistas a património e podem permitir a troca de alunos entre elas, exemplificou. 

Em declarações aos jornalistas, o presidente do conselho consultivo do conselho estratégico nacional (CEN) adiantou que o PSD subscreve a ideia das escolas de Verão mas que a recuperação das aprendizagens não se faz em três meses e levará “um ano ou dois”.

Luís Leite Ramos, vice-presidente da bancada parlamentar, assinalou que o plano do Governo sobre esta matéria ainda não é conhecido e que há um conjunto de decisões importantes a tomar para, por exemplo, permitir a abertura das aulas mais cedo. “O ministro tem de sair da sua zona de conforto e tem de preocupar-se com os problemas da educação”, apontou o deputado, acusando Tiago Brandão Rodrigues de estar ausente: “O ministro da Educação desapareceu da esfera pública, do debate e da preparação do plano há mais de três semanas”.

David Justino referiu que não é possível saber a dimensão do fenómeno das perdas na aprendizagem porque o ministério “deixou de ter instrumentos de avaliação das aprendizagens”.