Presidente da República condecorou Jorge Coelho a título póstumo
O antigo ministro do PS foi condecorado com a Ordem do Infante D. Henrique que se destina a distinguir quem tenha “prestado serviços relevantes a Portugal, no país e no estrangeiro, assim como serviços na expansão da cultura portuguesa ou para conhecimento de Portugal, da sua História e dos seus valores”.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, condecorou esta quinta-feira, a título póstumo, o antigo ministro e dirigente socialista Jorge Coelho com a grã-cruz da Ordem do Infante D. Henrique, numa cerimónia restrita no Palácio de Belém.
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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, condecorou esta quinta-feira, a título póstumo, o antigo ministro e dirigente socialista Jorge Coelho com a grã-cruz da Ordem do Infante D. Henrique, numa cerimónia restrita no Palácio de Belém.
Atribuída um mês após a morte de Jorge Coelho ter morrido, a condecoração foi divulgada através de uma nota no sítio oficial da Presidência da República na Internet.
“O Presidente Marcelo Rebelo de Sousa condecorou hoje Jorge Coelho, a título póstumo, com a grã-cruz da Ordem do Infante D. Henrique, numa cerimónia restrita no Palácio de Belém, tendo sublinhado que o homenageado deixou um importante ensinamento: em democracia tem de existir responsabilização política pelos erros ou falhas do Estado e das suas estruturas”, lê-se no texto.
Nesta nota, é destacado o gesto de Jorge Coelho de se demitir do cargo de ministro do Equipamento quando a Ponte Hintze Ribeiro, sobre o rio Douro, colapsou na noite de 4 de Março de 2001, provocando a morte de 59 pessoas, afirmando que “a culpa não pode morrer solteira”.
“Ao assumir que a culpa não podia ficar solteira na tragédia de Entre-os-Rios lembrou a todos os políticos que devem ao povo um respeito que exige um comportamento ético de grande rigor”, considera-se.
A Ordem do Infante D. Henrique destina-se a distinguir quem tenha “prestado serviços relevantes a Portugal, no país e no estrangeiro, assim como serviços na expansão da cultura portuguesa ou para conhecimento de Portugal, da sua História e dos seus valores”, de acordo com o portal das ordens honoríficas portuguesas.
Natural de Mangualde, no distrito de Viseu, Jorge Coelho morreu no dia 7 de Abril passado, aos 66 anos.
O Presidente da República manifestou choque ao saber da notícia da sua morte e recordou o “espírito combativo” de Jorge Coelho considerando que, sem nunca exercer a liderança, o socialista influenciou a vida do país.
“Eu não posso esconder o choque do conhecimento desta morte inesperada”, declarou Marcelo Rebelo de Sousa, em directo para a SIC-Notícias.
O chefe de Estado referiu ainda que Jorge Coelho “esteve presente na vida pública portuguesa durante três décadas, em várias qualidades: como governante, como parlamentar, como conselheiro de Estado, como dirigente partidário, como analista político e depois, numa fase mais recente, como gestor empresarial”.
A partir de 1992, com António Guterres na liderança, Jorge Coelho foi secretário nacional para a organização, contribuindo para a vitória eleitoral dos socialistas nas legislativas de 1995.
Nos governos do PS chefiados por Guterres, foi ministro-adjunto, da Administração Interna, da Presidência e do Equipamento Social e de Estado.