Fim do Ramadão voltou a comemorar-se no Martim Moniz, em Lisboa
No ano passado, não houve celebração pública devido à pandemia e este ano foram criadas regras para manter o distanciamento físico.
O fim do Ramadão voltou a ser assinalado na Praça do Martim Moniz, em Lisboa, onde centenas de fiéis muçulmanos se reuniram logo de manhã para celebrar o Eid al-Fitr, a festividade que põe fim a um mês de jejum.
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O fim do Ramadão voltou a ser assinalado na Praça do Martim Moniz, em Lisboa, onde centenas de fiéis muçulmanos se reuniram logo de manhã para celebrar o Eid al-Fitr, a festividade que põe fim a um mês de jejum.
Depois de no ano passado não ter havido celebração pública devido à pandemia, em 2021 os fiéis regressaram à praça com novas regras. “Noutros anos, fizemos só do lado Sul, junto ao Hotel Mundial, mas este ano ocupámos a praça inteira”, explica Rana Taslim Uddin, líder da Comunidade Islâmica do Bangladesh, que organiza a cerimónia.
Foi mantida uma distância de metro e meio entre as pessoas e eliminados todos os contactos físicos. “Depois da oração, costumamos abraçar-nos, mas este ano foi completamente proibido”, diz Uddin, relatando que essa mensagem foi posta a correr nas redes sociais há várias semanas. O responsável diz que a celebração “correu muito bem”, também graças aos cerca de 40 voluntários que foram chamados a zelar pelo cumprimento das regras.
Desde 2011 que o fim do Ramadão é comemorado ao ar livre no Martim Moniz, fruto de um protocolo entre a Comunidade Islâmica do Bangladesh e a Câmara de Lisboa. Rana Taslim Uddin diz que em Cascais, Odivelas e Amadora também já se fazem estas celebrações públicas.
O Eid al-Fitr é uma data móvel, coincidente com o fim do nono mês do calendário islâmico para comemorar a primeira revelação do Corão. Este ano, a celebração ocorre no mesmo dia em que os fiéis católicos assinalam o aniversário das aparições em Fátima, onde também foram instituídas apertadas regras por causa da pandemia.