O conflito da Groundforce já não se aguenta
Num conflito em que a retaliação parece sempre sobrepor-se à procura de soluções, em que o poder do Estado deixou de se exercer através da autoridade natural, em que um empresário se julga inimputável, é impossível acreditar numa boa solução
O conflito entre os dois sócios da Groundforce (ou, se preferirem, entre o ministro Pedro Nuno Santos e o empresário Alfredo Casimiro) chegou a um ponto insustentável. É preciso alguém para o arbitrar, garantir a racionalidade nas negociações, impor a defesa do interesse público e evitar que o caso se transforme num pueril braço-de-ferro dominado pelo orgulho e a testosterona. Há muito que deixou de fazer sentido determinar quem nesta longa e lamentável história tem culpa ou quem tem razão – embora seja obrigatório atribuir responsabilidades. O que nesta fase importa é apaziguar as animosidades viscerais e garantir que todas as partes contribuem para uma solução capaz de proteger a empresa, evitar injecções de dinheiro do Estado e garantir que no próximo mês os seus trabalhadores vão receber salários.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
O conflito entre os dois sócios da Groundforce (ou, se preferirem, entre o ministro Pedro Nuno Santos e o empresário Alfredo Casimiro) chegou a um ponto insustentável. É preciso alguém para o arbitrar, garantir a racionalidade nas negociações, impor a defesa do interesse público e evitar que o caso se transforme num pueril braço-de-ferro dominado pelo orgulho e a testosterona. Há muito que deixou de fazer sentido determinar quem nesta longa e lamentável história tem culpa ou quem tem razão – embora seja obrigatório atribuir responsabilidades. O que nesta fase importa é apaziguar as animosidades viscerais e garantir que todas as partes contribuem para uma solução capaz de proteger a empresa, evitar injecções de dinheiro do Estado e garantir que no próximo mês os seus trabalhadores vão receber salários.