Rúben Amorim: “Foi um ano de sofrimento, o próximo vai ser ainda mais”
O treinador campeão fala do percurso que conduziu ao título, incluindo um “roubo” a Sérgio Conceição.
No meio da festa, Rúben Amorim foi à sala de imprensa para deixar mais umas palavras sobre o título de campeão. Ainda conseguiu responder a umas perguntas antes ficar ensopado em champanhe pelos jogadores do Sporting. Já depois do banho, Amorim prometeu treino às nove da manhã. Aqui ficam algumas frases fortes da conferência do técnico que acabou com o jejum “leonino” de títulos que já durava há 19 anos.
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No meio da festa, Rúben Amorim foi à sala de imprensa para deixar mais umas palavras sobre o título de campeão. Ainda conseguiu responder a umas perguntas antes ficar ensopado em champanhe pelos jogadores do Sporting. Já depois do banho, Amorim prometeu treino às nove da manhã. Aqui ficam algumas frases fortes da conferência do técnico que acabou com o jejum “leonino” de títulos que já durava há 19 anos.
O que vai ficar?
“É a viagem. É um peso que sai de cima. Muito obrigado aos sportinguistas pelo apoio e por quem deu o beneficio da duvida a esta equipa técnica, quero que se lembrem deste momento daqui a um mês e meio quando perdermos um joguinho. Nunca pensei muito a longo prazo. Quanto começámos a perder alguns pontos sentimos alguma desconfiança. Soubemos segurar isto nas alturas difíceis.”
Vai continuar?
“Vou continuar a ser treinador do Sporting, estou feliz aqui. Esses momentos de crítica também nos deram força. Essa dúvida e essas críticas também fizeram parte deste sucesso.”
Pouca experiência
“A inexperiência foi um ponto muito positivo. Muito importante, tirou-nos muita pressão. São jogadores muito alegres. No fim notou-se a inexperiência e o nervosismo, mas foi muito importante.”
Há três anos estava no Casa Pia, agora é campeão
“Não pensava que era possível, mas foi o que aconteceu. Tivemos uma estrutura muito compacta e acabou tudo muito bem. Para o ano há Liga dos Campeões. Foi um ano de sofrimento, o próximo vai ser ainda mais.”
Uma resposta à Associação Nacional de Treinadores de Futebol?
“Não vivo para dar chapadas de luva branca. Queria ser campeão pelos jogadores e pelos adeptos, mas também por coisas que não são muito agradáveis. Não sou sócio da ANTF, nunca serei. É normal que defendam os seus treinadores e não é o meu caso.”
Sem derrotas até ao fim?
“Campeonato sem derrotas é um objectivo porque entramos sempre para vencer. Estou muito feliz por todas as razões, também porque temos tempo para estrear o André Paulo, o terceiro guarda-redes. É mais importante para mim que sejam todos campeões do que bater recordes.”
O segredo do título
“O segredo é tudo. A união entre eles, entre os jovens e os experientes. Se puder roubar qualquer coisa a outros, faço-o. Vimos que o FC Porto treinava as bolas paradas no aquecimento e também quisemos fazer.”
O momento
“Ainda agora falámos que estava no Casa Pia há três anos. Esse foi o nosso primeiro título nacional, este é o segundo. Quero ficar aqui, este título dá-nos mais tempo. Tivemos momentos importantes, o jogo com o Braga ajudou e depois o FC Porto empatou. Com o Rio Ave, estes rapazes entraram bem. Hoje resolvemos complicar, falhámos muitos golos. E equipa resolveu, mas podia ter resolvido mais cedo.”
Paulinho
“Falhou muitos golos hoje. Não é mais nem menos do que pensávamos. Só o contratámos em Janeiro, custou bom dinheiro. Faz um bom trabalho, não é só pelos golos. É mais um bom jogador, como outros, miúdos que cresceram muito à pressa.”