Ghost é uma peça que Luís Marrafa não sabia estar à sua espera. Mas pode dizer-se que estava, a contar os anos que o coreógrafo e bailarino demoraria a chegar à mesma idade com que o seu pai morreu – 45. Foi a súbita consciência desse facto, dessa assombração, que pôs o criador português sediado em Bruxelas a remexer nas suas memórias associadas à morte para compor o material da coreografia que apresenta estas quarta e quinta-feira no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, no arranque do festival Temps d’Images. “Nunca pensei que isto viesse à tona, esta ideia de trabalhar sobre a morte”, diz ao PÚBLICO. “Mas comecei a ter a sensação de estar adoentado. Imagino que seja psicológico, mas cheguei a ir a um cardiologista, sentia-me abananado com a ideia de que podia morrer com esta idade.”
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Ghost é uma peça que Luís Marrafa não sabia estar à sua espera. Mas pode dizer-se que estava, a contar os anos que o coreógrafo e bailarino demoraria a chegar à mesma idade com que o seu pai morreu – 45. Foi a súbita consciência desse facto, dessa assombração, que pôs o criador português sediado em Bruxelas a remexer nas suas memórias associadas à morte para compor o material da coreografia que apresenta estas quarta e quinta-feira no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, no arranque do festival Temps d’Images. “Nunca pensei que isto viesse à tona, esta ideia de trabalhar sobre a morte”, diz ao PÚBLICO. “Mas comecei a ter a sensação de estar adoentado. Imagino que seja psicológico, mas cheguei a ir a um cardiologista, sentia-me abananado com a ideia de que podia morrer com esta idade.”