Patrões unem-se num conselho nacional das confederações
Apresentação pública do organismo que congrega os empresários da indústria, comércio e serviços, turismo, agricultura e construção vai ser no dia 18 deste mês.
Os responsáveis de cinco confederações de patrões decidiram reunir-se numa única plataforma, o Conselho Nacional das Confederações Patronais (CNCP), cuja estratégia e propósitos serão apresentados publicamente no próximo dia 18.
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Os responsáveis de cinco confederações de patrões decidiram reunir-se numa única plataforma, o Conselho Nacional das Confederações Patronais (CNCP), cuja estratégia e propósitos serão apresentados publicamente no próximo dia 18.
De acordo com a convocatória enviada à comunicação social, a CNCP é constituída pela Confederação Empresarial de Portugal (CIP), liderada por António Saraiva, pela Confederação do Comércio e Serviços (CCP), liderada por João Vieira Lopes, pela Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), liderada por Eduardo Oliveira e Sousa, pela Confederação do Turismo de Portugal (CTP), liderada por Francisco Calheiros, e pela Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI), presidida por Manuel Reis Campos.
Destas cinco confederações, apenas a CPCI não está presente na comissão permanente de concertação social.
A ideia de colocar os patrões a falar a uma só voz em alguns temas (subida do salário mínimo, por exemplo), como parece ser agora a estratégia, não é nova. Em 1990, por exemplo, quatro anos após a adesão de Portugal à CEE e quando o processo de privatizações estava a arrancar, a CIP, a CAP e CCP constituíram o Conselho Nacional das Empresas (CNEP).
Agora, a união de patrões surge numa altura de crise económica e social, devido à pandemia de covid-19, e com problemas como o do fim das moratórias, carência de capitais e previsão de subida do desemprego.
Em paralelo, o Governo já entregou em Bruxelas o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) que, entre outros aspectos, e de acordo com o executivo, “prevê estimular o investimento privado, através de cinco mil milhões de euros de apoios directos a empresas e 2,7 mil milhões de euros de apoios indirectos”.