Encontro de líderes no Porto: o início de uma bela amizade?

A China e a democracia são os dois “motores” que talvez permitam relançar uma parceria que teria tudo para dar certo, mas que continua por realizar.

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Charles Michel, Ursula von der Leyen e Narendra Modi na cimeira virtual de Julho de 2020 Yves Herman/Reuters

Uma declaração política de sete páginas e um protocolo de outras sete relativo à chamada “conectividade”, que podem ser lidas sem encontrar nunca a palavra China. E, no entanto, “a China está omnipresente nas entrelinhas”. Se há alguma coisa de novo neste novo entusiasmo europeu e uma nova abertura indiana em favor do fortalecimento de uma relação que tinha tudo para ser fácil, mas nunca o foi, é justamente que as duas “maiores democracias do mundo” têm hoje perante a China um olhar cada vez mais crítico. Há, pois, uma razão geopolítica que torna este reencontro entre a Europa e a Índia, no Porto, uma boa oportunidade para iniciar um caminho de aproximação.

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Uma declaração política de sete páginas e um protocolo de outras sete relativo à chamada “conectividade”, que podem ser lidas sem encontrar nunca a palavra China. E, no entanto, “a China está omnipresente nas entrelinhas”. Se há alguma coisa de novo neste novo entusiasmo europeu e uma nova abertura indiana em favor do fortalecimento de uma relação que tinha tudo para ser fácil, mas nunca o foi, é justamente que as duas “maiores democracias do mundo” têm hoje perante a China um olhar cada vez mais crítico. Há, pois, uma razão geopolítica que torna este reencontro entre a Europa e a Índia, no Porto, uma boa oportunidade para iniciar um caminho de aproximação.