Esgotaram os apoios para bicicletas e associação MUBi pede que Governo reforce medida

As candidaturas para a compra de bicicletas eléctricas atingiram esta quinta-feira o limite que o Fundo Ambiental disponibilizou para 2021. Associação MUBi pede que o Governo avance com medidas de apoio.

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Nuno Ferreira Santos

A Associação pela Mobilidade Urbana em Bicicleta (MUBi) informou que, passados dois meses desde a abertura das candidaturas da compra de bicicletas aos incentivos que o Fundo Ambiental disponibilizou para 2021, o pacote previsto já esgotou, apesar de o “número de unidades de incentivo nesta categoria ter quase duplicado”, refere a associação em comunicado. 

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A Associação pela Mobilidade Urbana em Bicicleta (MUBi) informou que, passados dois meses desde a abertura das candidaturas da compra de bicicletas aos incentivos que o Fundo Ambiental disponibilizou para 2021, o pacote previsto já esgotou, apesar de o “número de unidades de incentivo nesta categoria ter quase duplicado”, refere a associação em comunicado. 

As bicicletas convencionais esgotaram os apoios que o Fundo Ambiental disponibilizou para 2021 em apenas três semanas. Agora, foram as bicicletas eléctricas, que, em 2020, também tinham esgotados os apoios antes do meio do ano. 

A MUBi “pede que o Governo aproveite a oportunidade da procura pela utilização da bicicleta gerada pela pandemia para reforçar este programa e avançar com mais medidas de apoio que estimulem mais pessoas a trocar o carro pelo uso da bicicleta”. Para além disso, a associação espera que o Governo possa avançar “rapidamente com outras medidas de apoio e estímulo à mobilidade activa”, pode ler-se no comunicado enviado pela associação. 

A associação lembra que com a aprovação da Estratégia Nacional para a Mobilidade Activa Ciclável (ENMAC) 2020-2030, “o Governo estabeleceu a meta de que até ao final desta década a quota modal das viagens em bicicleta em Portugal seja equivalente à do resto da Europa”. 

Diz ainda que cabe também às autarquias “desincentivar o uso excessivo do automóvel, reduzir velocidades motorizadas, distribuir mais equitativamente o espaço urbano para uso dos modos mais saudáveis e ambientalmente sustentáveis, e criar redes de percursos seguros para quem se desloca a pé e em bicicleta”.

A MUBi defende ainda “criação de um programa nacional de incentivos às deslocações casa-trabalho em bicicleta”, visto ter um “grande potencial na transferência modal efectiva do automóvel para a bicicleta nas deslocações quotidianas”.

O município de Lisboa tem também um programa de apoio para a aquisição de bicicletas, que pode acumular ao do Fundo Ambiental.

Texto editado por Ana Fernandes